A Secretaria da Saúde (SES) confirmou o primeiro caso de coronavírus no Rio Grande do Sul nesta terça-feira (10). O paciente reside em Campo Bom e é um homem de 60 anos que esteve em Milão, na Itália, entre os dias 16 e 23 de fevereiro.
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (10), o governador Eduardo Leite confirmou que o paciente apresentou sintomas de febre e tosse no dia 29 de fevereiro, assim que retornou ao Brasil. O homem procurou atendimento médico utilizando uma máscara de proteção, seguindo a indicação da Organização Mundial da Saúde. No dia 2 março, foi notificado ao Estado como caso suspeito e enviados exames ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS).
O estado de saúde do paciente é bom e seus familiares não apresentam os sintomas de coronavírus. O paciente e a família seguem monitorados pelos órgãos de saúde do município.
A confirmação da doença foi realizada através do Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS), que iniciou as operações para este tipo de diagnóstico na sexta-feira (6). "O laboratório já analisou 122 amostras, entre as quais 107 já foram descartadas", afirmou a Secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann. No momento, são analisadas 15 amostras. Todos os exames de confirmação para o Covid-19 serão realizados no Lacen-RS.
Segundo o balanço da Secretaria Estadual da Saúde, o Rio Grande do Sul tem um caso confirmado de coronavírus, 86 casos suspeitos e 103 casos descartados. Porto Alegre concentra a maioria dos casos suspeitos, com 55 no total. Com o primeiro confirmação entre os gaúchos, o Brasil passa a ter 26 pessoas infectadas pela doença, com com 930 suspeitas.
Na apresentação de sintomas - tosse, febre e espirros - , o Estado conta com cinco hospitais de referência: o Hospital Conceição, Hospital de Clínicas, Hospital Municipal de Canoas, Hospital Municipal de Novo Hamburgo e o Hospital São Vicente de Paula de Passo Fundo. Com mais casos confirmados, a intenção do governo estadual é ter uma unidade de referência localmente.
O governador Eduardo Leite, durante a coletiva, reforçou medidas de higiene como forma de contenção. "Evitar, por exemplo, o hábito do chimarrão compartilhado. Porque está, neste caso, apresentando maior disponibilidade de contato com o vírus, se alguém estiver com o vírus contraído", sugeriu o governador. "É importante que nós possamos evitar a disseminação deste vírus para que não chegue em pessoas com alguma debilidade imunológica, e acabem tendo complicações. Esse é o grande esforço que queremos fazer. É uma responsabilidade com relação ao outro, não uma responsabilidade quanto a si mesmo".