Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Minuto Varejo

Minuto Varejo

- Publicada em 09 de Abril de 2023 às 20:38

Asun não vai assumir um dos atacarejos comprados do Carrefour

Prédio onde funcionava o atacarejo não foi liberado pelo dono de área às margens da RS-040

Prédio onde funcionava o atacarejo não foi liberado pelo dono de área às margens da RS-040


RAMIRO SANCHEZ/ESPECIAL/JC
“Não vai vir mais para nós”, resumiu o diretor financeiro do Asun, Valdecir Pressi, sobre uma das lojas da compra acertada com o Carrefour em 2022. A operação que não saiu do papel foi a do Maxxi Atacado de Viamão, às margens da RS-040, fechado desde o segundo semestre do ano passado, quando houve a negociação. O Asun tentava desde lá ter acesso ao ponto.
“Não vai vir mais para nós”, resumiu o diretor financeiro do Asun, Valdecir Pressi, sobre uma das lojas da compra acertada com o Carrefour em 2022. A operação que não saiu do papel foi a do Maxxi Atacado de Viamão, às margens da RS-040, fechado desde o segundo semestre do ano passado, quando houve a negociação. O Asun tentava desde lá ter acesso ao ponto.
O impasse foi gerado porque o dono do imóvel não liberou o prédio para a operação da rede gaúcha. Na região, estão outros estabelecimentos, como Atacadão e BIG. A expectativa é que outra marca de atacarejo entre na região. 
O negócio entre Asun, quinta maior rede do Estado, e Carrefour, o maior nos anos recentes do setor no Rio Grande do Sul, envolveu quatro unidades do ex-BIG que o grupo francês teve de se desfazer por ordem do Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) para evitar concentração de mercado.
Foram três lojas do Maxxi Atacado e uma da bandeira Nacional, com valores que não foram revelados, mas com impacto na receita da bandeira gaúcha, estimado em R$ 250 milhões por ano, informou o presidente do Asun, Antonio Ortiz Romacho.
Três pontos reabriram em dezembro. Dois Maxxi viraram Leve Mais, novo atacarejo da rede, em Gravataí e Santa Maria, e o Nacional passou a ser Asun Supermercados, também em Gravataí. 
A dona do ativo, a Allem Participações, que detém a área onde estão ainda a Havan e Cassol Centerlar, não liberou o imóvel. A negociação entre as varejistas envolveu apenas o ponto comercial.
“Apostamos quatro fichas e a número 1 não conseguimos”, lamenta Pressi. A loja de Viamão responderia por até 45% do faturamento esperado com a compra. 
A rede desistiu do Maxxi em fevereiro, no prazo do contrato. “Dependia do Carrefour entregar resolvido”, alega o diretor. O Asun poderia ter mantido a compra, mas assumiria o risco de buscar um acerto com a Allem.
A coluna Minuto Varejo enviou mensagem por WhatsApp ao sócio-diretor da Allem, José Allem, mas não obteve retorno sobre o destino do empreendimento.
Em nota, o grupo francês informou que negociou a transferência da loja com outro comprador e aguarda aprovação do Cade.
“O contrato de aluguel é transferido juntamente com a entrega da loja ao comprador”, disse o grupo.

Cronologia do negócio entre Carrefour e Asun Supermercados:

2022
  • Agosto: Asun compra de 3 lojas Maxxi Atacado e um Nacional do Carrefour, com aval do Cade.
  • Dezembro: três lojas são abertas - Leve Mais e Asun, em Gravataí -, e Leve Mais, em Santa Maria.
2023
  • Fevereiro: Asun desiste do Maxxi de Viamão, após 180 dias.
  • Abril: Carrefour diz que vendeu ponto a outro grupo varejista.