Um dos principais temas que vêm sendo debatidos neste início de semana, em Brasília, é o futuro do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), que tem que se explicar porque não tomou as devidas providências após ter sido alertado a respeito da possibilidade de fraude, ainda em meados de 2023, quando a ex-conselheira professora Tonia Galleti ainda integrava o Conselho Nacional da Previdência. Ele demorou quase um ano para tomar qualquer atitude.
'Me roubam e vou pagar juros ainda'
A oposição, no Congresso Nacional, quer instalar uma CPI para investigar a cobrança indevida do dinheiro de aposentados e pensionistas da Previdência. O deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PL, foto) disse à coluna Repórter Brasília que "esse é um caso típico que merece uma CPI, até porque o próprio ministro teve conhecimento e não tomou providências". "Agora vem com a solução, de dar empréstimo para a população. Imagina, te roubam e a compensação é te dar um financiamento. Eu já perdi o que eu tinha, me roubaram, vou tirar um financiamento para pagar depois e ainda pagar juros?"
Conta dos aposentados
Um rombo de mais de R$ 6 bilhões, dinheiro tirado da conta de aposentados e pensionistas a partir de descontos de mensalidades ilegais por parte de associações e sindicatos, alguns fantasmas, com suspeitas de que contaram com alguma participação, que ainda está sendo investigada, do alto comando do INSS.
Alerta em ata
A situação ficou mais complicada no final de semana, porque notícias mostraram ata do Conselho Nacional da Previdência Social que revela o alerta feito pela conselheira Tonia Galleti. Mais uma encrenca para o presidente Lula resolver. A questão é: quem vai ressarcir os prejuízos dos aposentados que tiveram seu dinheiro surrupiado?
Trabalho igual, salário igual
Para o deputado federal gaúcho Bohn Gass (PT), "é inaceitável que uma mulher, quando ela trabalha na mesma função que um homem numa empresa, receba salário menor", afirmou com indignação o congressista após discutir o tema na Comissão de Trabalho da Câmara.
Mulheres prejudicadas
Na opinião de Bohn Gass, "só porque é mulher, não tem salário igual, e não respeitam as mulheres". O parlamentar argumenta que "o Congresso Nacional já votou, o presidente Lula já sancionou e o Ministério Público regulamentou; só que os deputados da oposição apresentaram projetos para sustar o decreto que determina a igualdade de salário para funções iguais".
Juridicamente seguros
"Esses argumentos, portanto, não têm nenhum sentido, juridicamente estão seguros", garantiu Bohn Gass, acrescentando que "a pessoa vai ficar no anonimato, então não vai ter nenhum prejuízo". "O que nós precisamos é da informação segura, se a empresa está pagando ou não está pagando dentro da lei a igualdade salarial. O argumento da oposição não para em pé", reclama o deputado.
Cultura de respeito
Na visão de Bohn Gass, "é preciso criar uma cultura de respeito, e o respeito começa fundamentalmente pela igualdade salarial. Trabalhou na mesma função, igual ao homem, é salário igual. A oposição não quis aprovar, pediu vistas e quer acabar com esse decreto".