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Opinião

- Publicada em 10 de Agosto de 2021 às 15:11

Diálogo e oportunidade

Maurício Coloniezzi Erthal
O diálogo deveria ser equiparado ao mais genuíno dom pessoal. Verdadeiramente ele o é. O resultado da aproximação é incalculável, e, mesmo que ele esteja em sentidos opostos, é possível vislumbrar a oportunidade do contraditório e de ampla visão de mundo que acaba contribuindo sempre para o crescimento individual ou de um grupo.
O diálogo deveria ser equiparado ao mais genuíno dom pessoal. Verdadeiramente ele o é. O resultado da aproximação é incalculável, e, mesmo que ele esteja em sentidos opostos, é possível vislumbrar a oportunidade do contraditório e de ampla visão de mundo que acaba contribuindo sempre para o crescimento individual ou de um grupo.
Projetos são concebidos a partir do diálogo, e, mesmo que haja antecipadamente uma oportunidade, junto dela estará o mais fino dos bate-papos. Quando há disposição mútua para o bom diálogo, essas oportunidades são transformadas em frutos, e mudanças acontecem.
O diálogo na maioria das vezes é verbal, mas nem sempre é oportuno falar. A jornada de vida e tantos outros aprendizados acumulados fazem a linguagem corporal reagir, e os melhores diálogos acontecem, eventualmente, por meio do olhar e do gesto. A essa ação, chamamos de entendimento e cumplicidade. O entendimento através do olhar aprendemos com os mais experientes, normalmente com os nossos pais, essa sim, uma oportunidade que jamais esqueceremos.
É possível que, em alguns momentos, não vislumbramos o real sentido e a potência do diálogo. Isso ocorre quando esperamos entrar na conversa, inflados pela razão da palavra que será proferida e, quando acontece, já ouvimos ou consentimos: não valeu a pena!
Sempre existirá oportunidade sobre a qual valha a pena dialogar. Não há perda de tempo quando se investe na conversa, pois é através dela que buscamos consenso, aproximação e, se possível, convergência. Por mais que não se atinja um propósito comum, ao menos saberemos acomodar nossas ideias nos terrenos da discordância, e nada de ruim se constata aqui.
Perdemos oportunidade quando não há diálogo. A boa conversa requer tempo e preparação, mas é remédio mais que necessário para a nossa sobrevivência nesse contexto intenso de interfaces e de múltiplas possibilidades. O desejo é que tenhamos profícuas conversas e, assim, oportunidades serão criadas.
Vice-diretor administrativo do Colégio Marista Rosário
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