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Randon diz que é possível conectar gestão mais tradicional ao pensamento exponencial das startups
Thiago Machado/Arte JC
Patricia Knebel
Para as empresas tradicionais assumirem as mudanças que precisam ser feitas neste cenário de transformação que vivemos, é inevitável deixar para trás algumas certezas absolutas. Esse é o primeiro passo para entender que o mundo atual é sobre dialogar, colaborar, perceber que ninguém mais tem o controle da informação, e que as decisões precisam ser tomadas em conjunto.
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Para as empresas tradicionais assumirem as mudanças que precisam ser feitas neste cenário de transformação que vivemos, é inevitável deixar para trás algumas certezas absolutas. Esse é o primeiro passo para entender que o mundo atual é sobre dialogar, colaborar, perceber que ninguém mais tem o controle da informação, e que as decisões precisam ser tomadas em conjunto.
“Precisamos de menos concorrência e mais colaboração. Hoje, quando se fala em uma nova ideia, a primeira preocupação costuma ser quem vai aparecer, quem será o dono dela, e não se o projeto vai andar. Temos que mudar o pensamento”, sugere o CEO das Empresas Randon, Daniel Randon, personagem da Série Mentes Transformadoras.
À frente de uma das companhias mais tradicionais e bem-sucedidas do Brasil, o executivo diz que essa mudança de mindset precisa acontecer rapidamente, já que a velocidade do mundo hoje é a das tecnologias exponenciais. O que levava cinco anos para acontecer antes, agora se realiza em dois. “As empresas sempre passaram por processos de tomar riscos e inovar, mas muitas vezes empreendiam no início e depois se acomodavam. Hoje em dia, isso não pode mais acontecer. Se ficarmos parados, o trem vai passar por cima”, alerta.
> Assista ao vídeo com a íntegra das opiniões de Daniel Randon
Para ele, quando se pensa da gestão e nesta conexão do mundo tradicional e do novo, o caminho a seguir pode ser o do modelo ambidestro, reunindo a visão linear e cartesiana ao pensamento exponencial das startups e dos novos modelos de negócio.
É o que tem feito a Randon dentro do seu próprio processo de transformação. A companhia trouxe novos executivos e passou a realizar workshops com representantes deste novo mundo para sensibilizar as suas principais lideranças. Entre os desafios diários desta caminhada está o de mostrar que as startups não vão necessariamente acabar com os negócios tradicionais, e que podem ser um potencial parceiro para promover uma disrupção.
Também é importante vencer o medo natural em todo processo de mudança de perder poder ou controle. “Precisamos trabalhar as pessoas e fazê-las entender que as decisões não estão mais nas mãos delas, mas que no fim das contas ganhamos todos com os processos que trazem mais agilidade e escalabilidade”, analisa Daniel.
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A companhia decidiu exercitar isso na prática com a adoção de uma ferramenta de recrutamento desenvolvida em conjunto com uma startup. A meta do projeto era melhorar o modelo atual e não depender somente das agências de contratação. Em um ano, a empresa teve de 50 mil currículos recebidos e o tempo entre o líder solicitar a vaga e o candidato ser selecionado caiu 50%.
Mais do que a simples adoção de uma nova ferramenta, esse projeto funcionou como uma verdadeira experiência sobre os quais os processos que a Randon precisaria rever poder trabalhar junto as startups. “Temos uma área de compliance e governança e, na hora de efetivar a contratação de uma jovem empresa, ainda sem histórico de vendas, apareceram as dificuldades. Isso nos fez rever todo modelo e pensar em um conceito diferente do que vínhamos fazendo até então”, exemplifica.
> Ouça o podcast com Daniel Randon
Daniel comenta que nesse processo de evolução que está sendo trilhado pela Randon, o que a empresa não vai perder são os atributos que a trouxeram até aqui, como a preocupação com a qualidade, com as pessoas e com os clientes.
“As diferenças de pensamentos existem, mas vamos sempre incentivar as lideranças a trazer ideias propositivas, inovadoras e, principalmente, disruptivas. O que não dá é, na hora de efetivar as mudanças, recuar”, conclui.
A economia digital está transformando as empresas e exigindo um novo perfil de liderança e de profissionais. Aqui no Mercado Digital você vai encontrar informação aprofundada sobre os novos modelos de negócios e as tecnologias exponenciais que estão apoiando a evolução das companhias tradicionais e das startups, como Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Big Data e Blockchain. É um novo mundo, cada vez mais conectado, e que está impactando a nossa vida e o futuro das empresas e das cidades. Estou feliz por você estar aqui.
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