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Publicada em 04 de Abril de 2025 às 19:17

Nova NR-1 e a urgente discussão sobre benefícios

Jorge Elias, diretor comercial da Green Benefícios

Jorge Elias, diretor comercial da Green Benefícios

Green Benefícios/Divulgação/JC
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Jorge Elias
No dia 25 de maio, entra em vigor a nova Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que trará mudanças significativas para as empresas brasileiras. Dentre as alterações, uma das mais importantes é a inclusão dos riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), colocando a saúde mental dos trabalhadores no centro da discussão. Em um momento em que os afastamentos por transtornos psicológicos crescem exponencialmente, é fundamental debater o papel dos benefícios oferecidos pelas empresas para o bem-estar de seus colaboradores.
No dia 25 de maio, entra em vigor a nova Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que trará mudanças significativas para as empresas brasileiras. Dentre as alterações, uma das mais importantes é a inclusão dos riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), colocando a saúde mental dos trabalhadores no centro da discussão. Em um momento em que os afastamentos por transtornos psicológicos crescem exponencialmente, é fundamental debater o papel dos benefícios oferecidos pelas empresas para o bem-estar de seus colaboradores.
Dados do INSS revelam que, em 2023, mais de 288 mil trabalhadores foram afastados por transtornos mentais, um aumento de 38% em relação ao ano anterior. Além disso, a OMS estima que 12 bilhões de dias úteis são perdidos anualmente no mundo devido à depressão e à ansiedade. Diante desse cenário, investir em políticas que promovam a qualidade de vida e a segurança psicológica no ambiente profissional não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia empresarial essencial.
Os benefícios oferecidos pelas empresas já ultrapassam a mera compensação financeira e se tornaram fator decisivo para a escolha de um emprego. Atualmente, de acordo com a plataforma Infojobs, 86% dos trabalhadores afirmam que mudariam de emprego para preservar sua saúde mental. Isso significa que as organizações que negligenciam esse aspecto correm sérios riscos de perder talentos.
Além dos planos de saúde, a alimentação adequada, o acesso a lazer e a possibilidade de aprendizado contínuo são aspectos que influenciam diretamente no bem-estar dos colaboradores. Um trabalhador que conta com um vale-refeição adequado tem melhores condições de manter uma dieta equilibrada, essencial para a saúde física e mental. Benefícios voltados para lazer, como parcerias com academias, programas culturais e atividades recreativas, também ajudam a reduzir o estresse, aumentar a interação social e melhorar a qualidade de vida. Iniciativas voltadas para o bem-estar emocional, como programas de apoio psicológico e ambientes de trabalho mais humanizados, criam um espaço de segurança onde os colaboradores se sentem valorizados. Empresas que oferecem acesso a psicólogos, por exemplo, demonstram um comprometimento real com a saúde mental de suas equipes.
Ao incluir os riscos psicossociais no PGR, a legislação dá um passo importante na promoção da saúde mental no ambiente corporativo. No entanto, a verdadeira mudança só ocorrerá se as empresas enxergarem os benefícios não apenas como um custo, mas como um investimento no engajamento, na produtividade e na satisfação dos seus colaboradores. O futuro das relações de trabalho depende do compromisso das organizações com o bem-estar de seus profissionais.
 

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