Histórias das empresas

No livro Dinheiro é emocional — Ed. Atualizada: Saúde emocional para ter paz financeira, Tiago Brunet mostra que finanças vão muito além de números: são reflexo direto de nossas emoções. Segundo o autor, problemas financeiros como dívidas, frustrações e compulsões de consumo muitas vezes têm origem em traumas, inseguranças e desejos mal resolvidos.

Inspirado pela Sabedoria Milenar, Brunet propõe uma mudança de mentalidade: entender que o dinheiro pode ser tanto causa de destruição quanto de construção, dependendo da forma como nos relacionamos com ele. Para isso, é preciso trabalhar a inteligência emocional e reconhecer como sentimentos influenciam decisões que impactam nossa vida financeira.

O autor ainda apresenta caminhos práticos para reorganizar a vida financeira a partir do autoconhecimento, com dicas sobre planejamento, consumo consciente e construção de propósito. Para o autor, buscar o equilíbrio emocional, equivale a alcançar o equilíbrio financeiro. Ao longo da obra, Brunet convida o leitor a refletir sobre crenças limitantes, padrões familiares e hábitos inconscientes que sabotam a prosperidade. A proposta é transformar o dinheiro em ferramenta de liberdade e paz interior.

Em Visões da Desigualdade, o economista Branko Milanovi traça uma linha do tempo intelectual para entender como o pensamento econômico sobre desigualdade evoluiu ao longo dos séculos. A partir de uma pergunta imaginária — "O que seu trabalho revela sobre a distribuição de renda em sua época?" —, ele analisa as obras de seis grandes economistas da história: François Quesnay, Adam Smith, David Ricardo, Karl Marx, Vilfredo Pareto e Simon Kuznets.

Milanovi mostra como cada autor foi moldado pelo contexto histórico em que viveu. Dos fisiocratas de Quesnay, que viam as classes como fixas e determinadas pela lei, aos clássicos do século XIX, como Smith, Ricardo e Marx, que passaram a compreender a desigualdade a partir das dinâmicas econômicas. Pareto reformulou o debate ao focar nas elites, enquanto Kuznets trouxe a desigualdade como fenômeno ligado à transição entre o campo (rural) e a cidade (urbano).

A obra ainda aborda o declínio dos estudos sobre desigualdade durante a Guerra Fria e seu ressurgimento no cenário econômico contemporâneo. Com rigor e fluidez, Milanovi oferece uma genealogia crítica da desigualdade e aponta como o entendimento sobre esse tema precisa acompanhar as transformações sociais e econômicas do nosso tempo, da atualidade.