Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Indústria

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2024 às 17:02

Nova fábrica da Mahindra será em Araricá, no Vale do Sinos

Destino da unidade da Mahindra em Dois Irmãos ainda não foi anunciado pela empresa

Destino da unidade da Mahindra em Dois Irmãos ainda não foi anunciado pela empresa


MAHINDRA/DIVULGAÇÃO/JC
Claudio Medaglia e Eduardo Torres
Claudio Medaglia e Eduardo Torres
Será em uma área de 9,2 mil metros quadrados às margens da RS-239, em Araricá, no Vale do Sinos, a nova unidade industrial da fabricante de tratores indiana Mahindra no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pela administração do município escolhido.
O detalhamento da operação ocorrerá durante a divulgação em coletiva de imprensa marcada para a próxima terça-feira, 20 de fevereiro, no Palácio Piratini. Na oportunidade, estarão presentes o vice-presidente da Mahindra Américas, Viren Popli , e o CEO da Mahindra Brasil, Jak Torretta Junior, ao lado do governador Eduardo Leite.

Leia mais: Manindra deve anunciar destino de nova fábrica de tratores em fevereiro

Conforme anunciado ainda no ano passado, a Mahindra pretende erguer uma fábrica, no primeiro momento, com 14 mil metros quadrados de área construída, mas com possibilidade de expandir para até 30 mil metros quadrados. A obra será erguida na altura dos km 33 e 34 da rodovia, no bairro Campo da Brazina. O terreno foi adquirido pela Mahindra. Ali deverá funcionar a unidade de produção de tratores da marca indiana.
Quem comemorou – e muito – foi o prefeito de Araricá, Flávio Foss (União Brasil), que almejava conquistar o empreendimento. Desde que a Mahindra começou a se movimentar em busca de uma nova área na região, Foss determinou à sua equipe foco total no auxílio à empresa, no atendimento das demandas possíveis e no empenho de todos os esforços para viabilizar a escolha pela cidade.
Estamos trabalhando há quase um ano, auxiliando na busca do terreno que atendesse às características desejadas pela Mahindra. Além de ficar à margem de uma rodovia com duas mãos, eles também queriam que houvesse uma rua de fundos, para escoamento da produção. E encontramos todo esse conjunto ali, na saída pela Rua Porto Palmeira. Mas a confirmação veio somente há cerca de dois meses, quando a empresa efetuou a compra do terreno, o pagamento do ITBI e solicitou o licenciamento ambiental junto à Fepam”, conta o prefeito.
A Mahindra não fala sobre o negócio, mas Foss acredita que até agosto a unidade deverá estar em funcionamento. “Para o ano que vem, quando a produção estiver a pleno, entre 400 e 500 funcionários deverão trabalhar no local”, diz.
O esforço para levar a fábrica para Araricá se justifica pela necessidade de ampliar a arrecadação. Por isso, a área industrial já totaliza mais de 40 hectares no município. Com a chegada da Mahindra, o prefeito Foss espera dobrar ou até triplicar o ingresso de recursos em até dois anos.
“Ganha Araricá, mas também ganha a região. Com a empresa aqui, seus fornecedores deverão querer estar próximos. Isso vai gerar empregos e movimentar a economia”.
Conforme divulgado anteriormente, a empresa projeta investimentos de ate R$ 400 milhões até 2026 - seriam R$ 100 milhões no primeiro momento -, com a geração de 500 novos empregos no novo empreendimento. Em 2023, a Mahindra chegou a adiantar que a futura indústria seria na Região Metropolitana.
Araricá venceu a concorrência com Canoas, Esteio, Nova Santa Rita e até Dois Irmãos, onde a Mahindra já opera desde 2016. Na sua atual planta industrial, a Mahindra produz 1,9 mil tratores por ano. Essa produção dará um salto para 8 mil tratores anuais, como informou a Mahindra no ano passado.
Em Dois Irmãos, o prefeito Jerri Meneghetti (PP) disse não ter conseguido saber sobre as decisões da empresa indiana antes o vazamento do local da nova fábrica. Ele também não sabe se a estrutura da empresa na cidade será mantida ou desativada.
“Fizemos um grande esforço. Queríamos que eles permanecessem aqui. Mas havia dificuldades em encontrar um terreno como eles buscavam. Fizemos o acompanhamento com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e junto à Fepam. Procuramos falar sobre a nossa lei de incentivo às indústrias”.
Apesar da frustração, o político destaca que o município vem se tornando atrativo para novos empreendimentos. Nos últimos três anos, foram mais de R$ 250 milhões investidos em novas iniciativas. “Há iniciativas chegando. Nosso distrito industrial está todo ocupado, e ainda outras empresas negociando”, diz Meneghetti.