Promovido há 35 anos, o Fórum da Liberdade realizou seu almoço de lançamento em um espaço recém aberto para receber eventos empresariais, o Salão Nobre da Catedral Metropolitana de Porto Alegre. O público, composto por empresários e políticos que apoiam a pauta do liberalismo, se surpreendeu com o local, cuja entrada fica bem ao lado do Palácio Piratini. A vice-presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), que promove o Fórum, Fernanda Ritter, diz que a escolha vem da reocupação do Centro Histórico da cidade.
“O almoço é um evento nobre, em que recebemos os grandes empresários do Rio Grande do Sul e do Brasil. Nos últimos anos, inclusive com o South Summit, que aconteceu de frente para o Guaíba, temos valorizado essa área que por muitos anos ficou abandonada e mal cuidada”, diz Fernanda, acrescentando que a festa de encerramento será no mesmo endereço, nesta sexta-feira.
Entre as centenas de pessoas envolvidas com grandes negócios presentes no almoço, como citou Fernanda, estavam Jorge Gerdau, Daniel Randon, Pedro Valério (Instituto Caldeira), Cláudio Coutinho (Banrisul), José Renato Hopf (South Summit) e Mauricio Harger (CPMC). Esse último lembra que sua empresa apoia temas relacionados à sustentabilidade. “Dentro do propósito da CMPC, está o hábito de educar e conscientizar a sociedade. Estamos com projeto em execução bastante robusto, que é a BioCMPC, com R$ 2,75 bilhões sendo investidos para levar a unidade industrial de Guaíba ao patamar de fábrica mais sustentável do Brasil”, conta.
E foi justamente esse o conceito da palestra durante a refeição, apresentada pelo jornalista Leandro Narloch com o nome Ambientalismo e Livre Mercado. Ele falou da importância da inovação para resolver problemas ambientais.
“Nos últimos 10, 20 anos vimos a produção, o conforto e a economia crescerem, mas o impacto ambiental cair, assim como o uso de recursos naturais e emissões de carbono. Isso acontece por tecnologia”, avalia. Ele cita que uma lata de alumínio fabricada hoje produz seis vezes menos material que no passado.
“Para a inovação acontecer, é preciso que os governos deixem as pessoas tentarem, o que nem sempre acontece”, criticou. Narloch participa do Fórum há muitos anos e considera que sua formação liberal se deve a ele e aos encontros semanais que frequenta.
A programação do Fórum da Liberdade segue até esta sexta-feira.