O restaurante Aurora possui um cardápio que muda diariamente, focado em pratos caseiros, preparados com ingredientes frescos e sem nenhum produto de origem animal

Com prato do dia, restaurante pretende levar comida vegana e acessível ao público


O restaurante Aurora possui um cardápio que muda diariamente, focado em pratos caseiros, preparados com ingredientes frescos e sem nenhum produto de origem animal

Localizado no bairro Rio Branco, o Aurora é um restaurante, com uma trajetória marcada por resiliência, cooperação e compromisso com o movimento vegano popular. Fundado em 2018 por Bianca Silva e Alan Chaves, o Aurora nasceu após a experiência dos proprietários, em um coletivo que buscava oferecer uma alimentação acessível, saborosa e consciente. Hoje, o local é referência para quem busca refeições veganas que fogem do estereótipo elitizado, mostrando que o veganismo pode ser simples, popular e gostoso.
Localizado no bairro Rio Branco, o Aurora é um restaurante, com uma trajetória marcada por resiliência, cooperação e compromisso com o movimento vegano popular. Fundado em 2018 por Bianca Silva e Alan Chaves, o Aurora nasceu após a experiência dos proprietários, em um coletivo que buscava oferecer uma alimentação acessível, saborosa e consciente. Hoje, o local é referência para quem busca refeições veganas que fogem do estereótipo elitizado, mostrando que o veganismo pode ser simples, popular e gostoso.
A história do Aurora começa em uma casa na Rua Professora Duplan, onde o restaurante funcionava com um modelo de preço consciente: os clientes pagavam o quanto podiam ou achavam justo. "Praticávamos o sem preço. Você comia e pagava o quanto quisesse", relembra Alan. No entanto, em 2020, no início da pandemia, o restaurante foi despejado por uma construtora. "Foi bem horrível. Estávamos em um momento em que tudo estava ruim", conta Bianca.
Sem um local fixo, a dupla improvisou uma cozinha na casa de Alan, que já havia sido uma antiga lancheria. "Levamos as coisas todas pra lá e ficamos fazendo tele-entrega", explica Bianca. A situação era difícil, mas a solidariedade de clientes e outros restaurantes veganos ajudou a manter o negócio vivo. "A gente acredita muito que o veganismo não é uma competição, é uma cooperação", afirma Alan.
Alan e Bianca, à frente do restaurante vegano Aurora. GE. Alimentação sem carne. | TÂNIA MEINERZ/JC
Alan e Bianca, à frente do restaurante vegano Aurora. GE. Alimentação sem carne. TÂNIA MEINERZ/JC
Em julho de 2020, o Aurora encontrou um novo lar, próximo ao Hospital de Clínicas, na rua Miguel Tostes. "Fizemos uma proposta de aluguel bem abaixo do valor pedido, e o dono aceitou", conta Alan. Desde então, o restaurante se consolidou como um espaço acolhedor, onde o veganismo é celebrado de forma descomplicada e acessível. Em agosto de 2024, o restaurante mudou-se para a casa ao lado, ocupando o número 951, da rua Miguel Tostes.
Dentro da proposta de oferecer comidas sem origem animal, o Aurora se reinventa, buscando reforçar que o veganismo pode ser popular e inclusivo. "A gente faz lasanha, feijoada, pastel, espetinho, estrogonofe... De tudo", diz Bianca. O cardápio, que muda diariamente, é focado em pratos caseiros, preparados com ingredientes frescos e sem nenhum produto de origem animal. O preço fixo de R$ 35,00 (com chá incluso) ou R$ 30 (sem chá) permite que os clientes repitam à vontade, garantindo uma experiência satisfatória e acessível. "A gente não pretende ser maior. Queremos manter essa proposta simples e popular", reforça Alan.
O público do Aurora é diverso: veganos, vegetarianos, simpatizantes e até quem nunca experimentou uma refeição sem produtos animais. "Acho que mais da metade do nosso público não é vegano", comenta Alan. Para ele, o veganismo está se popularizando e rompendo barreiras. "Hoje tem muito mais gente vegana que foge do estereótipo do alternativo. O veganismo está entrando em outras bolhas", reflete.

A casa acomoda cerca de 60 pessoas, e os pratos são servidos até acabarem. "No final de semana, a gente chega a servir mais de 100 pratos", conta Bianca. O recorde foi de 120 refeições em um único dia.
 
Para Bianca e Alan, o Aurora é mais do que um restaurante: é um projeto de vida. "Eu quero fazer isso pra sempre", afirma Bianca. Os empreendedores acreditam que o veganismo tende a crescer, mas ressalta a importância de manter a essência do movimento. Alan Chaves reflete sobre a percepção de que o veganismo pode ser visto como algo caro, especialmente quando se observam os produtos nas gôndolas dos supermercados. "Aqueles produtos sem origem animal, que não são necessariamente veganos, são vendidos como algo saudável e acabam tendo um preço elevado", explica. Ele destaca que essa imagem distorce a realidade do movimento.
 
"O veganismo não precisa ser complicado ou caro. Na verdade, é muito mais sobre escolhas conscientes e alimentos básicos, como arroz, feijão, legumes e verduras, que são acessíveis a todos", completa. Para Alan, a chave está em desmistificar a ideia de que ser vegano é sinônimo de consumir produtos industrializados caros, mostrando que a alimentação vegana pode ser prática, saborosa e popular.

Local e horário de funcionamento

O Aurora está localizado na rua Miguel Tostes, nº 951, no bairro Rio Branco. O restaurante funciona de terça a sexta, das 11h45min às 14h e aos fins de semana, das 12h às 15h.
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