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Coluna

- Publicada em 09 de Agosto de 2013 às 00:00

Fernando Lucchese e essa tal felicidade


Jornal do Comércio
Não sou feliz: por quê? é o livro mais recente do consagrado médico, cirurgião cardiovascular e escritor Fernando Lucchese, nascido em 1947 na laboriosa Farroupilha, ali bem perto da gloriosa e famosa  Bento Gonçalves. Nesta obra o autor, que já vendeu mais de dois milhões de exemplares de obras voltadas à saúde e ao bem-estar, apresenta, inicialmente, dados científicos e pesquisas sobre a felicidade, depois depoimentos e, nas partes finais, orienta os leitores para seguir o passo a passo em busca da felicidade. Não é desses livros comuns de autoajuda com regras rígidas e tom professoral. É um volume que inspira a buscar caminhos, com prazer, liberdade e individualidade. Há quem diga que a vida é um vale de lágrimas, outros dizem que é só coisa boa e muitos, os ditos equilibrados, pensam que a vida é uma graça triste, com seus altos e baixos, seus momentos felizes e infelizes. Há quem diga que a felicidade é feita de momentos, outros pensam que pode ser mais contínua. Vinicius de Moraes versejou: tristeza não tem fim, felicidade sim. Bonito no samba, brabo na vida real. A obra do dr. Lucchese tem um mérito principal: atualizar os leitores sobre esse tema que cresce de importância, especialmente numa época em que as pessoas procuram ser felizes mais tendo do que sendo e mais entrando nos shoppings do que nos parques e praças para conviver com prazer com os outros. Pensar nos outros, cuidar da alma, ter prazer e atitudes positivas, rir, tratar do lado espiritual, organizar a vida, buscar a serenidade , ter prazer no trabalho, amar e controlar os pensamentos são algumas das leis do bem-estar e da felicidade. Lucchese quer auxiliar os leitores a constatar onde mora a infelicidade, a mudar de atitude e a encarar a felicidade como regra e o sofrimento como exceção. Para o autor, a felicidade é como o vento. Às vezes sopra mais forte, outras vezes é quase imperceptível. Mas está sempre presente, em graus variados. Ele pensa que, para alcançar a felicidade, basta colocar uma mudança de atitude diante da vida. O amor, o sexo, a saúde, a felicidade, o poder e o dinheiro são temas eternos e desafiadores, que nos fazem sentir, pensar, agir e refletir. Temas que estão nos livros, nos filmes, no teatro, na ciência e, principalmente, em nosso cotidiano e em nossa passagem pelo planeta. Não sou feliz: por quê?, L&PM Editores, 176 páginas, é uma boa contribuição para sermos mais felizes, produtivos e convivermos melhor com os próximos.
Não sou feliz: por quê? é o livro mais recente do consagrado médico, cirurgião cardiovascular e escritor Fernando Lucchese, nascido em 1947 na laboriosa Farroupilha, ali bem perto da gloriosa e famosa  Bento Gonçalves. Nesta obra o autor, que já vendeu mais de dois milhões de exemplares de obras voltadas à saúde e ao bem-estar, apresenta, inicialmente, dados científicos e pesquisas sobre a felicidade, depois depoimentos e, nas partes finais, orienta os leitores para seguir o passo a passo em busca da felicidade. Não é desses livros comuns de autoajuda com regras rígidas e tom professoral. É um volume que inspira a buscar caminhos, com prazer, liberdade e individualidade. Há quem diga que a vida é um vale de lágrimas, outros dizem que é só coisa boa e muitos, os ditos equilibrados, pensam que a vida é uma graça triste, com seus altos e baixos, seus momentos felizes e infelizes. Há quem diga que a felicidade é feita de momentos, outros pensam que pode ser mais contínua. Vinicius de Moraes versejou: tristeza não tem fim, felicidade sim. Bonito no samba, brabo na vida real. A obra do dr. Lucchese tem um mérito principal: atualizar os leitores sobre esse tema que cresce de importância, especialmente numa época em que as pessoas procuram ser felizes mais tendo do que sendo e mais entrando nos shoppings do que nos parques e praças para conviver com prazer com os outros. Pensar nos outros, cuidar da alma, ter prazer e atitudes positivas, rir, tratar do lado espiritual, organizar a vida, buscar a serenidade , ter prazer no trabalho, amar e controlar os pensamentos são algumas das leis do bem-estar e da felicidade. Lucchese quer auxiliar os leitores a constatar onde mora a infelicidade, a mudar de atitude e a encarar a felicidade como regra e o sofrimento como exceção. Para o autor, a felicidade é como o vento. Às vezes sopra mais forte, outras vezes é quase imperceptível. Mas está sempre presente, em graus variados. Ele pensa que, para alcançar a felicidade, basta colocar uma mudança de atitude diante da vida. O amor, o sexo, a saúde, a felicidade, o poder e o dinheiro são temas eternos e desafiadores, que nos fazem sentir, pensar, agir e refletir. Temas que estão nos livros, nos filmes, no teatro, na ciência e, principalmente, em nosso cotidiano e em nossa passagem pelo planeta. Não sou feliz: por quê?, L&PM Editores, 176 páginas, é uma boa contribuição para sermos mais felizes, produtivos e convivermos melhor com os próximos.

Lançamentos

  • Sinfonia para um homem comum, de Nestor José Forster, sua esposa Maria Lúcia e filhos Nestor, Miriam, Rogério, Letícia Maria, Paulo Eduardo e João Paulo, tem belos textos memorialísticos, citações e fotos em homenagem aos cem anos de nascimento de José Arlindo Forster, pai de Nestor, sogro e avô dos autores. Comerciante, músico e ser humano incomparável, José Arlindo fez por merecer. Edição do autor, 238 páginas, telefone (51) 3346- 7633.
  • O animal dominante - Evolução humana e o meio ambiente, de Paul H.Ehrlich e Anne H.Ehrlich é, acima de tudo, uma grande excursão pelo estado atual da ciência ecológica e uma proeza de observação, insight e sugestão. Ótimo guia sobre a essência do ser humano, de como governamos e desgovernamos a natureza. Leopardo, 382 páginas, www.leopardoeditora.com.br.
  • Dicionário machista - Três mil anos de frases cretinas contra as mulheres, de Salma Ferraz,  doutora em Literatura e escritora, traz pérolas do machismo: Nada no mundo é pior do que uma mulher, a não ser outra mulher; A mulher é o mais belo defeito da natureza; e Para que você precisa de mulher, meu filho, se você já nasceu?, escolhidas com humor e erudição. Jardim dos Livros, 176 páginas, jardimdoslivros@geracaoeditorial.com.br.
  • A nuvem, antologia de textos para professores, mediadores e aficionados da 9ª Bienal do Mercosul - Porto Alegre, apresentada por Patricia Fossati Druck, fala de arte, mudanças, ciência, ecologia, mediação e outros temas relevantes e revela o importante projeto pedagógico da Bienal, que já atendeu a mais de um milhão de estudantes. Fundação Bienal, 222 páginas, bienalmercosul.art.br.

e palavras...

Esse negócio de ser pai
Vamos combinar que esse negócio de ser pai ficou complexo. No tempo das cavernas era tacape, javali morto para o almoço e depois uns desenhos nas paredes. Nos tempos dos reis e das carruagens, o lance der ser pai ficou um pouco mais complicado. Depois da revolução industrial do século XIX, da revolução sexual dos anos 1960, da pílula e da implantação das modernas ditaduras infanto-juvenis, o negócio de ser pai, decididamente, ficou bem mais complexo. Como fazer para bem obedecer os filhos? Freud, os amigos, os dissidentes e o resto tentaram explicar a coisa. Afinal, no divã as pessoas não ficam falando só na mãe. Pai também é protagonista, por mais que pensem que é só coadjuvante ou só faz pequenos papéis, pontas ou figuração no teatro das famílias. O “papel masculino” e o “papel do pai” hoje em dia andam meio indefinidos. Estamos aí buscando autores, umas falas, uns figurinos e uns cenários. Sei lá, numa época de seres humanos sem definição de raça (somos raça humana e ponto, disseram os cientistas) e na falta de outras antigas definições, numa época pós-moderninha, sei lá se ainda cabe ficar buscando definições muito definidas. Não tem receita de bolo, mãe, pai, filho e o que for. Cada um vai se realizando, se inventando, se reinventando e se virando como acha melhor. Cada um pega seus ingredientes e aplica um modo de se fazer, refazer ou desfazer. Dentro dessa liberdade toda, da qual somos, de certa forma, prisioneiros, acho que o melhor é buscar a sinceridade, a verdade, a espontaneidade, o afeto, a proteção e tentar tocar esta enorme Arca de Noé com a maior harmonia possível, especialmente quando o mar não está para peixe. Dependendo da hora e do dia, o pai tem o direito e talvez o dever de mostrar o que realmente é, o que não é, o que quer e o que não quer. Respeitadas as características da personalidade de cada um, acho que o melhor para pai, mãe, irmãos, primos, amigos, governos e desgovernos e todos mais é ser simples, verdadeiro, solidário e espontâneo, tipo assim o Papa Francisco. Óbvio que é difícil, que a vida tem muito de fantasia, fingimento, regras, mentiras e convenções sociais. Precisamos disso, até para não ficarmos nos matando demais por aí. No Dia dos Pais, é pegar leve com o pai, dar ou receber colo. Ou, se não quiser, pense no verso do poeta que agora não lembro o nome: é preciso saber matar o pai. Quer matar o pai? Bom, ao menos mata com amor e carinho. Nada de tiros e pauladas. Será melhor para ti e para ele. Para nós todos. Feliz dia de todos os tipos de pais!

e versos

EX/PLICAÇÃO

não há um

sentido único
num
poema
quando alguém
começa a ex-
plicá-lo e
chega ao fim
en-
tão só fica o
ex
do ponto de
partida
beco

(tente outra
vez)

sem saída

Haroldo de Campos, em A Educação dos Cinco Sentidos, Iluminuras.
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