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Economia

- Publicada em 08 de Janeiro de 2017 às 19:42

Brasileiro prefere benefícios a salários maiores

Um estudo feito pela seguradora Zurich em parceria com a Universidade de Oxford mostra que 67% dos brasileiros preferem benefícios de proteção à renda, como seguros de vida e invalidez, a salários maiores. Pesquisa com mais de mil pessoas no Brasil aponta que a escolhas por salários mais altos em detrimento de benefícios seria a opção de apenas 19% dos entrevistados.
Um estudo feito pela seguradora Zurich em parceria com a Universidade de Oxford mostra que 67% dos brasileiros preferem benefícios de proteção à renda, como seguros de vida e invalidez, a salários maiores. Pesquisa com mais de mil pessoas no Brasil aponta que a escolhas por salários mais altos em detrimento de benefícios seria a opção de apenas 19% dos entrevistados.
Edson Franco, CEO da Zurich no Brasil, acredita que esse comportamento ocorre pela falta de informação para se planejar por conta própria e por causa da cultura protecionista do Brasil, de que "o Estado poderá resolver". Franco pondera que a hiperinflação da década de 1980 dificultava o ato de poupar e tirou a capacidade de planejamento de longo prazo.
O pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Eduardo Zylberstajn, explica que o trabalhador vê os benefícios como parte da remuneração e atribui a eles um valor monetário. A mudança de comportamento, diz, depende do "quanto o trabalhador estaria disposto a abrir mão para receber em dinheiro".
Zylberstajn pondera que os benefícios significam o acesso a serviços geralmente por um valor muito mais baixo, mas também "podem limitar o leque de opções e tirar a liberdade de escolha". Para o pesquisador, o alto nível de encargos trabalhistas é um estímulo à concessão de benefícios. A empresa teria um custo maior se desse um aumento salarial no lugar de benefícios. Já o empregado provavelmente teria descontos na folha e dificilmente conseguiria o serviço pelo mesmo valor.
No total, 44% dos entrevistados afirmaram que já sofreram perda de renda devido à invalidez ou morte de familiar, mas 41% ainda creem que a chance disso ocorrer é de 10%.
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