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Publicada em 07 de Abril de 2025 às 19:23

Brasil faz uso de menos de 5% do potencial para produção de biogás

Sétima edição do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) atrai as atenções dos esperados 700 participantes

Sétima edição do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) atrai as atenções dos esperados 700 participantes

FSBBB/Divulgação/JC
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Roberto Hunoff
Roberto Hunoff Jornalista
de Bento GonçalvesEmbora com abertura oficial marcada para a manhã desta terça-feira (7), no Hotel Dall’Onder, em Bento Gonçalves, a sétima edição do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) já atraiu as atenções de parte dos esperados 700 participantes por meio da realização de workshops. Um deles tratou especificamente das oportunidades para biogás na agricultura, pecuária e fruticultura na Serra Gaúcha. Na abertura do workshop, a pesquisadora Suelen Paesi, da Universidade de Caxias do Sul, destacou a produção de 4,1 bilhões de metros cúbicos biogás no Brasil em 2023 – dado mais recente. Já o potencial de produção, considerando a matéria-prima disponível, é de 84,6 bilhões de Nm³, sendo 10,8 bilhões a curto prazo.Pelos estudos do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), 1.365 plantas de biogás estão cadastradas no País, sendo o Paraná, com 404 unidades, o estado mais representativo, seguido de Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. O Rio Grande do Sul tem somente 79, com produção de 249 milhões de Nm³, a quarta maior no país, atrás de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O levantamento de dados que compõe o documento ocorreu entre setembro de 2023 e abril de 2024 e incluiu os 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal.De acordo com a pesquisadora, a agricultura, a criação de animais, principalmente suínos, bovinos e aves, e a fruticultura; a indústria de laticínios e derivados, parcela orgânica dos resíduos sólidos urbanos, e rejeitos da produção de açúcar e etanol de cana, como vinhaça, e do setor vitivinícola, são as atividades com maior potencial para aproveitar os resíduos que geram e transformar em biogás. A aplicação do combustível pode ser em energia térmica para aquecimento de água para uso em ordenhas, em estufas e caldeiras, substituindo lenha; em elétrica e veicular – neste caso, com transformação em biometano.Outras oportunidades são o turismo tecnológico por meio do tratamento de resíduos e a atividade metalmecânica para produção de insumos visando à formação de uma cadeia em torno do biogás na região. “É preciso compreender a importância do biogás, que garante a valorização do resíduo, energia sustentável e infinita e descarbonização”, frisou.O fórum segue até quinta-feira (10), com expectativa de receber especialistas, produtores de biogás, pesquisadores e representantes dos setores público e privado. Na programação constam temas sobre contribuições do setor para a redução de emissão de gases de efeito estufa e geração de energia limpa, utilizando resíduos orgânicos urbanos, industriais e da agropecuária. “Temos a oportunidade de mostrar que o biogás é uma grande possibilidade para a produção de energia limpa no Brasil. Plantas de biogás permitem um processo de destinação dos resíduos e também a redução do impacto ambiental”, ressalta a coordenadora Suelen Paesi.Em paralelo às palestras ocorre o Espaço de Negócios, com mais de 50 marcas do Brasil e de mais nove países, expondo equipamentos e projetos. Também haverá a premiação Melhores do Biogás Brasil, que destaca iniciativas bem-sucedidas no setor, e o Momento Startups do Biogás para que empresas apresentem seus projetos de inovação. O último dia é reservado às visitas técnicas em plantas produtoras de biogás e biometano.

de Bento Gonçalves


Embora com abertura oficial marcada para a manhã desta terça-feira (7), no Hotel Dall’Onder, em Bento Gonçalves, a sétima edição do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) já atraiu as atenções de parte dos esperados 700 participantes por meio da realização de workshops. Um deles tratou especificamente das oportunidades para biogás na agricultura, pecuária e fruticultura na Serra Gaúcha. Na abertura do workshop, a pesquisadora Suelen Paesi, da Universidade de Caxias do Sul, destacou a produção de 4,1 bilhões de metros cúbicos biogás no Brasil em 2023 – dado mais recente. Já o potencial de produção, considerando a matéria-prima disponível, é de 84,6 bilhões de Nm³, sendo 10,8 bilhões a curto prazo.

Pelos estudos do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), 1.365 plantas de biogás estão cadastradas no País, sendo o Paraná, com 404 unidades, o estado mais representativo, seguido de Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. O Rio Grande do Sul tem somente 79, com produção de 249 milhões de Nm³, a quarta maior no país, atrás de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O levantamento de dados que compõe o documento ocorreu entre setembro de 2023 e abril de 2024 e incluiu os 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal.

De acordo com a pesquisadora, a agricultura, a criação de animais, principalmente suínos, bovinos e aves, e a fruticultura; a indústria de laticínios e derivados, parcela orgânica dos resíduos sólidos urbanos, e rejeitos da produção de açúcar e etanol de cana, como vinhaça, e do setor vitivinícola, são as atividades com maior potencial para aproveitar os resíduos que geram e transformar em biogás. A aplicação do combustível pode ser em energia térmica para aquecimento de água para uso em ordenhas, em estufas e caldeiras, substituindo lenha; em elétrica e veicular – neste caso, com transformação em biometano.

Outras oportunidades são o turismo tecnológico por meio do tratamento de resíduos e a atividade metalmecânica para produção de insumos visando à formação de uma cadeia em torno do biogás na região. “É preciso compreender a importância do biogás, que garante a valorização do resíduo, energia sustentável e infinita e descarbonização”, frisou.

O fórum segue até quinta-feira (10), com expectativa de receber especialistas, produtores de biogás, pesquisadores e representantes dos setores público e privado. Na programação constam temas sobre contribuições do setor para a redução de emissão de gases de efeito estufa e geração de energia limpa, utilizando resíduos orgânicos urbanos, industriais e da agropecuária. “Temos a oportunidade de mostrar que o biogás é uma grande possibilidade para a produção de energia limpa no Brasil. Plantas de biogás permitem um processo de destinação dos resíduos e também a redução do impacto ambiental”, ressalta a coordenadora Suelen Paesi.

Em paralelo às palestras ocorre o Espaço de Negócios, com mais de 50 marcas do Brasil e de mais nove países, expondo equipamentos e projetos. Também haverá a premiação Melhores do Biogás Brasil, que destaca iniciativas bem-sucedidas no setor, e o Momento Startups do Biogás para que empresas apresentem seus projetos de inovação. O último dia é reservado às visitas técnicas em plantas produtoras de biogás e biometano.

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