A prefeitura de Porto Alegre publicou, nesta segunda-feira (7), o edital para a contratação da empresa responsável pela requalificação do corredor humanitário, erguido durante a enchente de maio de 2024. O trecho de 400 metros, que conecta a avenida Castelo Branco à Elevada da Conceição, próximo à Rodoviária, será revitalizado com obras de pavimentação, drenagem, iluminação e reforço nos taludes. O investimento estimado é de R$ 1,4 milhão, com prazo de execução de sete meses a partir da ordem de início, devendo, portanto, ser concluído entre novembro e dezembro deste ano.
A sessão pública da licitação está marcada para 25 de abril, às 10h, no site www.portaldecompraspublicas.com.br. O trabalho será coordenado pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi).
Construído em caráter emergencial para garantir o acesso de caminhões e suprimentos à Capital, o Corredor Humanitário foi uma das primeiras intervenções estruturais realizadas durante a enchente. Em menos de 24 horas, uma das pistas foi liberada, mas o acesso pleno só foi viabilizado após a retirada da passarela de pedestres da Estação Rodoviária, no dia 10 de maio.
Segundo o titular da Smoi, André Flores, a permanência do corredor foi uma decisão técnica, considerando a importância da via para a mobilidade e segurança da cidade. Agora, o projeto prevê a estabilização do talude, melhorias na drenagem e na sinalização, além da adequação viária. "A ideia é garantir mais segurança e fluidez no trânsito, com intervenções feitas de forma planejada para causar o menor impacto possível", afirma.
Flores explica que a expectativa é de que nenhuma via seja bloqueada durante os trabalhos. "A aplicação de asfalto, por exemplo, deve ocorrer à noite, justamente para não interromper o tráfego em um ponto fundamental para a circulação em Porto Alegre", completa.
Além do corredor da rua Conceição, outros dois acessos emergenciais foram criados durante a enchente: um na avenida Assis Brasil, entre a Fiergs e a Freeway, e outro nas imediações da Rodoviária, para facilitar a saída da cidade. Ambos foram desmontados com o fim da emergência climática.