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Economia

- Publicada em 13 de Abril de 2020 às 17:44

Leite pode flexibilizar abertura de comércio em algumas regiões e endurecer em outras

Leite disse que aguarda informações de pesquisa que a UFPel está fazendo sobre casos

Leite disse que aguarda informações de pesquisa que a UFPel está fazendo sobre casos


GUSTAVO MANSUR/PALÁCIO PIRATINI/JC
Não há ainda uma definição sobre como ficará a abertura do comércio em meio à pandemia do coronavírus após a quarta-feira (15), quando vence o decreto em vigor. Mas o governador Eduardo Leite deu uma pista de como poderá decidir ao falar nesta segunda-feira (13) em uma transmissão pelo Facebook. O Estado já vinha adotando algumas flexibilizações para setores. Na manhã desta segunda-feira (13), o número de casos ultrapassou 660 registros em 81 cidades. 
Não há ainda uma definição sobre como ficará a abertura do comércio em meio à pandemia do coronavírus após a quarta-feira (15), quando vence o decreto em vigor. Mas o governador Eduardo Leite deu uma pista de como poderá decidir ao falar nesta segunda-feira (13) em uma transmissão pelo Facebook. O Estado já vinha adotando algumas flexibilizações para setores. Na manhã desta segunda-feira (13), o número de casos ultrapassou 660 registros em 81 cidades. 
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Leite disse que aguarda dados de pesquisas sobre prevalência de casos e as regiões atingidas pela Covid-19 e internações hospitalares ligadas à doença, mas admitiu que pode flexibilizar mais a operação de segmentos em algumas regiões e também endurecer as medidas em outras. 
"Vamos tomar as nossas decisões com base em evidencias. Não podemos ver a evidência do todo e sem ver as partes. Podemos fazer encaminhamento observando condições regionais", explicou o chefe do governo, para, então, dar uma linha do que pode adotar a partir de quinta-feira (16). 
"Pode ser menos restritivo em algumas cidades, desde que adotem medidas para higiene e distanciamento para evitar contatos", condicionou o governador. 
Leite voltou a ponderar que não é seu desejo implementar regras restritivas. O governo vem sendo criticado por entidades empresariais e pela população contrários às medidas de fechamento. "Quero a mais rápida retomada ou a possível dentro das condições para evitar que deteriore a saúde coletiva", justificou Leite.
Um dado que já vem sendo constatado em muitas cidades é que as pessoas estão saindo mais às ruas. O governador fez esta observação, após questionamento de um repórter, e projetou que "vamos analisar e ver as regras para o decreto", sugerindo que deve contemplar medidas que freiem este tipo de relaxamento sobre os cuidados.  
Mas Leite indicou uma certa precaução de deixar tudo liberado sem ter a medida apoiada em dados. "Pode ter conta mais alta lá na frente", advertiu - 
Sobre a situação da doença no Rio Grande do Sul, que teria menor incidência que em estados como Santa Catarina e até o Paraná, segundo estudo do governo estadual, Leite comentou que o comportamento "moderado aqui não vai significar relaxamento". O governador avalia que este quadro pode indicar, por exemplo, maior adesão da população a medidas de restrição.
O que está agora no visor do governo também é o período de incidência de outras síndromes respiratórias, como a gripe causada pelo vírus Influenza, mas há muitos outros que atingem a população nas estações de queda de temperatura. "Estamos vendo outros anos sobre estas síndromes para ver quanto vai nos expor", disse Leite.
A pesquisa que equipes da UFPEl está fazendo deve dar os elementos para a formulação do novo decreto. Leite disse que uma das etapas é de testes na população. Até esta segunda-feira foram coletados materiais de 3.358 pessoas, mas a meta é fazer 4,5 mil testes. Segundo Leite, a meta não foi alcançada devido a algumas dificuldades para aplicação. Até a Brigada Militar auxiliou no acesso a alguns locais. 
"Vamos usar (os resultados) como subsídio para o decreto. A política de distanciamento social é baseada em evidências científicas, análise das pesquisas e na opinião do comitê científico. Vamos debater e tomar as decisões", assegurou.
Já sobre as internações, o dado disponível é que há 287 leitos de hospitais ocupados com casos relacionados à doença. Deste número, 88 são de pessoas com a Covid-19 e 199 são de casos suspeitos, segundo a assessoria do Palácio Piratini. Até agora, 180 hospitais já fizeram o registro que passou a ser obrigatório para caso.
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