Júlio César da Cunha, 63 anos, ex-motorista do Jornal do Comércio por mais de 20 anos, morreu, em Porto Alegre, no último sábado, 22 de março, devido a um ataque cardíaco. Horas antes, ele havia pego a chave de um novo apartamento no bairro Cavalhada.
“Estava todo feliz que ia morar perto do neto. Agora vou ir sozinha para lá”, lamenta a esposa, Denise Cunha. Júlio deixa, ainda, uma filha, Carolina, e o neto, Leonardo, de 11 anos.
O motorista começou a se sentir mal na noite anterior, quando foi comer um churrasco na casa da filha. Ao subir três lances de escada, teve muita falta de ar.
A situação não melhorou ao longo da noite e a esposa o convenceu a ir até o posto da vila Cruzeiro. Embora com bastante dificuldade para respirar, Júlio dirigiu até o local.
Ao descer do veículo, a situação se agravou. Após 39 minutos de massagens cardíacas, ele não resistiu.
Conforme Denise, Júlio havia sido alertado que tinha um lado do coração maior há anos, mas não teria feito acompanhamento médico. Ele também tomava medicação para pressão alta.
Júlio trabalhou em outros veículos de comunicação, como Band e Guaíba, sendo apelidado como o motorista da imprensa.