O projeto que tramita no Escritório de Licenciamento da Secretaria Municipal de Urbanismo, Meio Ambiente e Sustentabilidade da Capital encaminhado pela Dallasanta, dona e empreendedora na área de pequenos centros comerciais, prevê a manutenção da atual galeria, ampliação da área física para mais varejos na face que dá para a rua Lima e Silva, modernização na área interna do cinema e implantação de "um conjunto residencial" e um flat (hospedagem), informa a secretaria.
Serão 483 "economias", que abrangem unidades comerciais, apartamentos e a hotelaria, além de 301 vagas de estacionamento. A construtora Cyrela será a responsável pelas obras e incorporação.
As melhorias na área existente vão da recuperação das fachadas, substituição dos telhados por lajes impermeabilizadas com colocação de plantas (telhado verde), revitalização da Praça do Chafariz, que terá função de intersecção com todos os tipos de uso (comercial, lazer, serviços e residencial), remoção de construções irregulares na calçada da Lima e Silva, usados hoje por locatários, e recuperação do desenho original da construção, com elevação do piso central da galeria, instalando acessibilidade.
Na descrição do processo que tramita na secretaria, é destacada pelos empreendedores a intenção de "manutenção do uso comercial, com identidade cultural e da vida urbana local".
A expectativa é de começar a reforma em meados de 2022. A Dallasanta vai divulgar mais detalhes sobre as mudanças pretendidas. A tramitação ainda está na fase do Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU), que analisa impactos e compensações das obras, como no trânsito, e melhorias em áreas do bairro ou até mesmo em outras regiões da cidade. Depois disso, o complexo poderá ser habilitado nas licenças prévia (LP) e de instalação das obras (LI).
Os donos confirmaram que o cinema é um dos componentes da revitalização. Por nota, a empresa esclarece que mantém a intenção de ter a sala no espaço atual. Sobre a decisão do proprietário do Guion, Carlos Schmidt, de encerrar a atividade, os empreendedores dizem que não foram ainda comunicados da entrega do ponto e que ficaram sabendo da decisão pela imprensa.
Schmidt garante que informou aos gestores do mall
sobre o fechamento e não comentou sobre o andamento da negociação com um interessado em assumir a sala, que ele comentou em uma reportagem do
Jornal do Comércio.
Outro ícone do espaço é a Livraria Bamboletras. O proprietário, o jornalista Milton Ribeiro, chegou a se reunir com os empreendedores, que manifestaram a expectativa de que a operação permaneça. A livraria terá de se transferir a outro imóvel fora do Nova Olaria no período de reformas.