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Porto Alegre, sábado, 15 de março de 2025.

meio ambiente

- Publicada em 31 de Outubro de 2022 às 00:50

Pressão ambiental faz dobrar número de empresas que relatam emissões de carbono

Mais de 300 companhias publicaram inventário de gases de efeito estufa em 2021, o que representa um aumento de 108% em relação a 2018, quando 145 organizações fizeram a divulgação

Mais de 300 companhias publicaram inventário de gases de efeito estufa em 2021, o que representa um aumento de 108% em relação a 2018, quando 145 organizações fizeram a divulgação


/Jürgen/pixabay/JC
Folhapress
A quantidade de empresas que relatam suas emissões de carbono dobrou nos últimos três anos e atingiu patamar recorde no Brasil. Segundo levantamento do FGVces (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas) divulgadas pela Agência Folhapress, 305 companhias publicaram inventário de gases de efeito estufa em 2021, o que representa um aumento de 108% em relação a 2018, quando 145 organizações fizeram a divulgação.
O estudo considera os dados do Registro Público de Emissões, plataforma que integra o Programa Brasileiro GHG Protocol e é considerada uma das principais bases de dados para esse tipo de diagnóstico.
Na comparação com 2020, o crescimento no número de empresas foi de 60%, saindo de 192 para 305. O aumento ocorre apesar das dificuldades enfrentadas pelas companhias durante a pandemia de Covid-19, demonstrando o maior compromisso empresarial com a agenda sustentável.
O Programa Brasileiro GHG Protocol é uma iniciativa do FGVces que busca estimular as companhias a calcularem e relatarem suas pegadas de carbono. Criado em 2008, o projeto adapta à realidade brasileira um dos métodos mais usados no mundo para fazer inventário de emissões: o GHG Protocol (protocolo de gases de efeito estufa, em inglês).
Embora o modelo simplifique o processo para as empresas, o cálculo de emissões costuma ser complexo, já que não considera apenas o carbono diretamente liberado pela atividade produtiva.
No jargão corporativo, a pegada climática é segmentada por escopos. As emissões de escopo 1 são aquelas geradas diretamente pelas operações da companhia. Já o escopo 2 diz respeito aos gases liberados indiretamente no consumo de energia. O restante entra no escopo 3, que engloba desde viagens de negócios até compra de matéria-prima, transporte de produtos e fornecedores.
Segundo Guilherme Lefevre, pesquisador do FGVces, a quantidade de empresas que fazem esse levantamento de emissões é bem superior às 305 companhias.
A ferramenta de cálculo do GHG brasileiro -a receita do bolo, como ele diz- chega a 2.000 downloads por ano. O que tem aumentado são as organizações que optam por divulgar o inventário no Registro Público de Emissões. O estudo fez uma pesquisa qualitativa com 200 empresas para entender o que está por trás desse movimento.
Folhapress

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