O pavilhão internacional teve grande movimentação de delegações estrangeiras durante a 25ª Expodireto, em Não-Me-Toque. Nos cinco dias de evento, mais de 80 países estiveram representados.
Um dos destaques foi a inauguração do escritório gaúcho da Câmara de Indústria e Comércio Indo-Brasileira, que busca ampliar as relações comerciais entre o Rio Grande do Sul e a Índia. “Das oito empresas brasileiras presentes no país, seis são gaúchas”, afirmou Paulo Azevedo, CEO da Câmara no Brasil. O escritório ficará sediado no bairro Auxiliadora, em Porto Alegre.
O foco inicial será expandir as exportações de cítricos, couro e outros produtos do agronegócio. “As oportunidades são inúmeras”, destacou Paulo Mazzardo, presidente do escritório no Rio Grande do Sul, ao enumerar as frentes de trabalho. Segundo Azevedo, o feijão pode seguir o caminho que a soja seguiu na China e se tornar um dos principais produtos exportados do Brasil para a Índia. A ideia também é incentivar que empresas indianas invistam no Estado, afinal, cresce o interesse delas pelo mercado brasileiro nos setores de biogás e metano.
O indiano Sachin Jadhav, representante da Câmara em Mumbai, ressaltou o alto nível tecnológico das máquinas agrícolas brasileiras. “Na Índia, temos uma abordagem diferente na agricultura. Compartilhar boas práticas pode aprimorar a produção e a vida no campo”, comentou.
O estande alemão de facas de alta performance MWS trouxe pela primeira vez ao Brasil o gerente comercial Eduard Schweikert. “Fabricamos facas de alto desempenho para maquinários agrícolas. Nossa primeira experiência na feira foi excelente, conhecemos muitas pessoas e entendemos melhor a realidade das fazendas brasileiras. Agora, vamos definir estratégias para investir no mercado brasileiro”, afirmou.
A edição também contou com a maior delegação polonesa já presente na feira. O grupo, que começou com dois representantes, agora reúne oito empresas sob a Primus Holding. “A Expodireto é muito voltada para negócios e conhecimento. Na Europa, muitas feiras acabam tendo um foco mais turístico”, disse Marcin Leszek Obalek, diretor de Operações da empresa de máquinas CynkoMet, que destacou o interesse da empresa no acordo entre Brasil e Mercosul. “Isso abre novas portas, pois não queremos apenas vender; a Polônia também importa muitos alimentos do Brasil."
Neuri Bertinatto, presidente da Liugong no Brasil, participou pela segunda vez da Expodireto, mas, desta vez, como expositor. “Na primeira vez tivemos apenas o escritório. Agora trouxemos as máquinas. O público foi muito receptivo e tivemos ótimas vendas”, comemorou. Com a expansão do parque da Expodireto, anunciada para a próxima edição da feira, ele planeja aumentar a produção no próximo ano. “Oferecemos um produto chinês de alta qualidade e nosso diferencial está no pós-venda”, destacou.