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Publicada em 14 de Março de 2025 às 17:49

Estrangeiros fecham negócios e internacionalizam a Expodireto

Nos cinco dias de evento, mais de 80 países estiveram representados no Pavilhão Internacional

Nos cinco dias de evento, mais de 80 países estiveram representados no Pavilhão Internacional

TÂNIA MEINERZ/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
O pavilhão internacional teve grande movimentação de delegações estrangeiras durante a 25ª Expodireto, em Não-Me-Toque. Nos cinco dias de evento, mais de 80 países estiveram representados.
O pavilhão internacional teve grande movimentação de delegações estrangeiras durante a 25ª Expodireto, em Não-Me-Toque. Nos cinco dias de evento, mais de 80 países estiveram representados.
Um dos destaques foi a inauguração do escritório gaúcho da Câmara de Indústria e Comércio Indo-Brasileira, que busca ampliar as relações comerciais entre o Rio Grande do Sul e a Índia. “Das oito empresas brasileiras presentes no país, seis são gaúchas”, afirmou Paulo Azevedo, CEO da Câmara no Brasil. O escritório ficará sediado no bairro Auxiliadora, em Porto Alegre.
O foco inicial será expandir as exportações de cítricos, couro e outros produtos do agronegócio. “As oportunidades são inúmeras”, destacou Paulo Mazzardo, presidente do escritório no Rio Grande do Sul, ao enumerar as frentes de trabalho. Segundo Azevedo, o feijão pode seguir o caminho que a soja seguiu na China e se tornar um dos principais produtos exportados do Brasil para a Índia.  A ideia também é incentivar que empresas indianas invistam no Estado, afinal, cresce o interesse delas pelo mercado brasileiro nos setores de biogás e metano.
O indiano Sachin Jadhav, representante da Câmara em Mumbai, ressaltou o alto nível tecnológico das máquinas agrícolas brasileiras. “Na Índia, temos uma abordagem diferente na agricultura. Compartilhar boas práticas pode aprimorar a produção e a vida no campo”, comentou.
O estande alemão de facas de alta performance MWS trouxe pela primeira vez ao Brasil o gerente comercial Eduard Schweikert. “Fabricamos facas de alto desempenho para maquinários agrícolas. Nossa primeira experiência na feira foi excelente, conhecemos muitas pessoas e entendemos melhor a realidade das fazendas brasileiras. Agora, vamos definir estratégias para investir no mercado brasileiro”, afirmou.
A edição também contou com a maior delegação polonesa já presente na feira. O grupo, que começou com dois representantes, agora reúne oito empresas sob a Primus Holding. “A Expodireto é muito voltada para negócios e conhecimento. Na Europa, muitas feiras acabam tendo um foco mais turístico”, disse Marcin Leszek Obalek, diretor de Operações da empresa de máquinas CynkoMet, que destacou o interesse da empresa no acordo entre Brasil e Mercosul. “Isso abre novas portas, pois não queremos apenas vender; a Polônia também importa muitos alimentos do Brasil."
Neuri Bertinatto, presidente da Liugong no Brasil, participou pela segunda vez da Expodireto, mas, desta vez, como expositor. “Na primeira vez tivemos apenas o escritório. Agora trouxemos as máquinas. O público foi muito receptivo e tivemos ótimas vendas”, comemorou. Com a expansão do parque da Expodireto, anunciada para a próxima edição da feira, ele planeja aumentar a produção no próximo ano. “Oferecemos um produto chinês de alta qualidade e nosso diferencial está no pós-venda”, destacou.

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