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Coronavirus

- Publicada em 06 de Julho de 2021 às 20:06

RS registra possível nova variante do coronavírus no Brasil

Das 26 amostras analisadas, 20 são de viajantes que passaram pela fronteira de Uruguaiana

Das 26 amostras analisadas, 20 são de viajantes que passaram pela fronteira de Uruguaiana


LOIC VENANCE/AFP/JC
Estudo conduzido pelo Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale identificou uma possível nova variante do coronavírus. A linhagem, ainda sem nomenclatura, foi descoberta após pesquisa que sequenciou 26 genomas do SARS-COV-2 em amostras coletadas entre o final de abril e a metade de junho. Desse total 20 delas são provenientes de viajantes que cruzaram a fronteira da cidade de Uruguaiana, que liga o Estado e a Argentina.
Estudo conduzido pelo Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale identificou uma possível nova variante do coronavírus. A linhagem, ainda sem nomenclatura, foi descoberta após pesquisa que sequenciou 26 genomas do SARS-COV-2 em amostras coletadas entre o final de abril e a metade de junho. Desse total 20 delas são provenientes de viajantes que cruzaram a fronteira da cidade de Uruguaiana, que liga o Estado e a Argentina.
No final de junho, o mais recente Boletim Genômico elaborado pelo Estado intensificou a vigilância nas fronteiras do RS.
Entre as demais amostras, quatro foram oriundas da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre e duas que recebidas no próprio laboratório, todas selecionadas para o sequenciamento de alto desempenho.
O pesquisador Fernando Spilki, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Feevale, destaca a importância desse tipo de vigilância contínua da variação genética. “Quando realizado de forma mais intensa, permite a detecção de novas variantes mesmo logo após seu surgimento, informação que pode ser válida para o combate à pandemia e novos surtos de Covid-19”, explica.
Dentre as mutações observadas, seis chamaram a atenção devido à frequência total em que apareceram nas amostras e que parecem ser assinaturas da provável nova variante, por hora identificada como P.X emergente.
Segundo o levantamento da Feevale, as mutações características das variantes P1, a predominante no RS, e P2 não foram encontradas em nenhum dos genomas gerados no estudo.
De acordo com o pesquisador, a constante descoberta de novos genomas e possíveis linhagens, assim como o monitoramento de novas mutações, são de especial relevância, principalmente considerando o impacto causado por outras cepas como B117 (Alpha), B1351 (Beta), P1 e B16172 (Delta) no Reino Unido, África do Sul, Brasil e Índia, respectivamente.
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