As cidades têm feito um grande esforço tanto para atrair quanto para gerar startups. São chamadas assim as empresas nascentes, de base tecnológica, que desenvolvem soluções inovadoras com alto potencial de crescimento. Elas criam empregos, dinamizam a economia, retêm talentos, pagam impostos. Para os municípios, tê-las é sempre uma relação de ganha-ganha.
Porto Alegre tem alcançado destaque nesse cenário nos últimos anos. Com 357 startups ativas, é a cidade com o maior número de novos negócios no Sul do Brasil, segundo mapeamento da ABStartups (associação que representa o setor). Um quinto de todas elas estão aqui. Nossa capital também foi listada, neste ano, entre os 1.000 principais ecossistemas de startups do mundo pela StartupBlink. Porto Alegre ficou em 5º lugar no Brasil e no 172º no mundo, numa conta que considerou quantidade e qualidade de startups, além do ambiente de negócios.
Muitos elementos fazem um ecossistema de startups ser vitorioso. A presença de instituições de ensino voltadas à tecnologia certamente conta a favor de Porto Alegre. Para as grandes empresas, elas são celeiros de inovação e mão de obra qualificada. Para nós, investidores, a vantagem é outra: empreendedores que conhecem os desafios do trabalho com softwares e com tecnologia da informação valem por muitos.
Contratar bons profissionais, se não inviabiliza, dificulta bastante a vida dos novos negócios. Fundadores de startups que sejam fluentes na área técnica podem assumir o desenvolvimento das ferramentas que pretendem vender - e é o que geralmente fazem.
Outro elemento importante é o nível de colaboração - que, entre as empresas de tecnologia, costuma ser bastante alto. A disposição dos empreendedores digitais para compartilhar seus erros e acertos é um diferencial competitivo singular. A mim, alegra ver a casa cheia de gente trocando experiências. Conviver e aprender todos os dias com esses jovens talentosos é um privilégio que tenho a sorte de ter.
Vice-presidente de operações da HostGator na América Latina