O empate em 3 a 3 com o Nacional foi um jogo em que o Inter mostrou duas facetas. Primeiro, foi muito abaixo, sofreu dois gols em dez minutos e sofreu mais um. Depois, mostrou poder de reação ao se recusar a perder para os uruguaios no Beira-Rio, pela 3ª rodada do Grupo F da Libertadores, nesta quarta-feira (22). E foi esse o tema da entrevista coletiva do técnico Roger Machado.
O treinador abordou o momento de sua equipe que, antes invicta, hoje não vence há quatro jogos, com uma derrota e três empates. Falou sobre momentos do jogo, “erros específicos e um meio tempo de jogo ruim que tirou equilíbrio estratégico e força” de seu time. A análise do segundo tempo, como cita, foi de vitória a partir da mudança de estrutura com domínio do campo de ataque.
Roger, no entanto, admite preocupação pela realidade dos inícios abaixo de seu time. Admite também que há desatenção na largada e cita a sequência de jogos como desgastante, o que interfere nesta realidade. “Estamos perdendo ímpeto nos começos e isso precisa ser visto. As mudanças no time não são só pelo cansaço, mas também pelo controle de força e, jogo a jogo, pelo momento”.
Dentro de campo, o comandante também fez mudanças ofensivas, e falou sobre o momento de Valencia e Borré: “Vínhamos festejando a titularidade do Valencia e, não muito longe, o momento do Borré. Jogadores que se colocam de frente para o goleiro correm o risco de não acertar”. Roger também exalta as defesas dos goleiros e cita Weverton, do Palmeiras, como exemplo.
Roger também foi preciso ao falar sobre o descanso emocional de seus atletas e citou um exemplo pessoal da sequência de jogos após a pandemia, em que chegou a esquecer para onde estava indo após uma situação de estresse. Portanto, revelou que está preocupado com o descanso mental de seus comandados, muito além do físico.