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- Publicada em 22 de Novembro de 2023 às 16:27Empresas crescem no Parque Canoas de Inovação
Novus ampliou sua operação após migrar para o Parque Canoas de Inovação
LUIZA PRADO/JC
Eduardo Torres
É no município vizinho à Capital que está instalado – e ainda não totalmente concluído – o Parque Canoas de Inovação (PCI), uma espécie de distrito industrial com produção de alta tecnologia, projetado para ter a configuração de um parque tecnológico.
“Migramos de Porto Alegre para Canoas porque vimos nesse espaço uma oportunidade diferente. Temos a inovação no nosso DNA, mas lá não tínhamos um espaço que comportasse a produção de modo industrial. Estamos em plena operação no PCI há cinco anos”, diz o CEO da Novus, Marcos Dillenburg.
A empresa é uma das três instaladas no local. Somadas, Novus, Exatron e TCS garantem mais de R$ 200 milhões em faturamento anual e 1,2 mil empregos. Somente a Novus tem capacidade instalada para produzir 400 mil produtos entre controladores e transmissores de automação por ano, com 50% da produção destinada à exportação para até 64 países.
Mas o ambiente vivo de um distrito de inovação, com áreas compartilhadas, serviços comuns, incubadoras e startups ainda não existe na área de 250 hectares dedicados à parte industrial do PCI. A formalização do local, por exemplo, poderia garantir financiamentos específicos para inovação.
Ainda assim, hoje a Novus investe em três startups que não podem estar dentro do parque. “Temos estimulado a inovação aberta com muita intensidade, das mais diferentes formas. Em alguns casos de startups, botamos a nossa engenharia para ajudar no desenvolvimento delas. Em outros, nos tornamos sócios. E teve até mesmo um caso em que licenciamos o produto da startup, que teve maiores condições para produzir para o mercado”, aponta Dillenburg.
Nos próximos três anos, a empresa tem planos de aumentar a produção em 35%. Pretende atingir essa meta com o desenvolvimento de softwares, inteligência artificial e processos de automação. Todos baseados em ações colaborativas de inovação.
“Após reuniões e visitas às universidades do município e de outras cidades, foi concluído que o modelo de governança, e que ainda precisa ser aplicado para o enquadramento do PCI, é o de tríplice hélice, que determina a gestão compartilhada do espaço entre o poder público, a academia e as empresas, com a criação de conselhos consultivos”, explica o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Canoas, Marcos Daniel Ramos.
Segundo ele, o município está em fase de implementação da segunda fase do PCI Jaime Lerner, e que há procura intensa de empresas para se instalarem no local.