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Economia

Logística

- Publicada em 19 de Maio de 2023 às 18:19

Tecon Rio Grande mantém recuperação e movimentação de contêineres cresce 11% no quadrimestre

Complexo manteve recuperação e movimentação de contêineres, operando 198.857 TEUs entre janeiro e abril

Complexo manteve recuperação e movimentação de contêineres, operando 198.857 TEUs entre janeiro e abril


Jorgito Santos/Divulgação/JC
Após já ter registrado um aumento da movimentação de cargas no primeiro trimestre deste ano, de 7,3%, o Tecon Rio Grande voltou a verificar crescimento ao fechar o quadrimestre. Entre janeiro e abril, o terminal rio-grandino conseguiu uma elevação de 11% em relação ao mesmo período de 2022, alcançando a marca de 198.857 TEUs (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés).
Após já ter registrado um aumento da movimentação de cargas no primeiro trimestre deste ano, de 7,3%, o Tecon Rio Grande voltou a verificar crescimento ao fechar o quadrimestre. Entre janeiro e abril, o terminal rio-grandino conseguiu uma elevação de 11% em relação ao mesmo período de 2022, alcançando a marca de 198.857 TEUs (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés).
Apesar da evolução, o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, é comedido nas comemorações, pois a base de comparação do ano passado não é das melhores. “A questão é que a gente vem de um volume baixo, então os percentuais são interessantes, mas não podem ser contados como um sucesso, têm que ser apontados como um retorno”, considera o executivo.
Ele recorda que 2022 foi um ano difícil para o terminal gaúcho em decorrência da logística dos armadores, do custo do frete e da falta de contêineres na região devido ao congestionamento de navios nos portos asiáticos. No ano passado, o Tecon Rio Grande movimentou 544,3 mil TEUs, uma queda de 18,3%, em relação a 2021.
Atualmente, de acordo com Bertinetti, o mercado está voltando “para uma certa normalidade” e ele manifesta otimismo quanto ao segundo semestre de 2023. Um dos motivos que apoia essa perspectiva positiva do executivo é o fato do Tecon Rio Grande ter verificado neste ano uma redução dos cancelamentos das escalas dos navios, na ordem de 80%.
Em termos de fluxos, das cargas transportadas, o terminal registra 74% de exportações e 26% de importação. Entre as mercadorias que entram no Estado pela estrutura estão itens como peças, produtos químicos, resinas e plásticos e as que saem são constituídas de artigos como resinas, frango congelado, madeira, carne suína e móveis, que são encaminhados a destinos como Estados Unidos, China, Peru e Arábia Saudita.
sobre o terminal Santa Clara, localizado em Triunfo e que permite uma conexão direta pela hidrovia gaúcha com o porto de Rio Grande, Bertinetti informa que o crescimento da movimentação de janeiro a abril de 2023 foi bem superior ao mesmo período de 2022, na faixa de 40%, totalizando 4.684 TEUs. Ele detalha que uma das explicações para isso foi a maior disponibilidade de contêineres.
Apesar desse cenário significar uma notícia positiva para a navegação interior do Estado, empresas que atuam nesse setor têm criticado a cobrança da chamada Tabela I - Infraestrutura de Acesso Aquaviário nos Portos de Rio Grande e de Porto Alegre, iniciada em março. Segundo Bertinetti, essa nova taxa significou um aumento de custo em torno de R$ 4 mil a cada viagem que uma embarcação faz entre os terminais Santa Clara e Rio Grande.
O executivo admite que é um forte impacto para o segmento, porque o modal compete com o frete rodoviário, que é muito flexível. “Esse assunto é bem complicado e preocupa um pouco”, diz. Bertinetti argumenta que obras e serviços feitos na hidrovia precisam ter um retorno financeiro, porém é necessário que esses trabalhos (como dragagem, sinalização, entre outros) sejam bem planejados e executados e beneficiem todos os usuários. “É como comprar a camiseta do teu time de futebol e pagar R$ 400,00. Se tocar três gols no rival nem vai lembrar de quanto foi o valor da camisa, mas se jogar mal vai reclamar do preço”, compara.