O trabalho realizado a distância, chamado de home office, está ganhando cada vez mais adeptos no mundo, estando o Brasil entre os países onde a adesão é alta. Dizem até que frases como 'sair para trabalhar' não fazem mais sentido. O trabalho invadiu os lares sem pedir licença há mais de um ano, quando o deslocamento até o serviço virou uma ameaça à saúde.
O home office já era discutido antes da chegada da pandemia da Covid-19 e hoje virou um dos critérios básicos para atrair os melhores profissionais do mercado. Há quem ame, há quem odeie e há, também, os que preferem o meio termo. Uma empresa do porte e da importância como o Google já sinalizou que os seus escritórios serão transformados para dar boas-vindas ao modelo híbrido.
Se o home office já era uma tendência em ascensão em muitas áreas, para os profissionais de tecnologia e design é uma realidade não tão recente. Com a internet, o céu é o limite. Não há mais barreiras geográficas ou deslocamentos de até uma hora para participar de reuniões que poderiam ser resolvidas apenas com um e-mail ou videochamada. A facilidade do trabalho virtual está indo além da segurança - hoje um dos problemas no Brasil -, uma vez que a flexibilidade para transitar entre o escritório e a cadeira diante do computador, do notebook ou tablet garante ao colaborador a autonomia que pode ser muito útil em processos criativos.
Para muitos, isso prova que o futuro não tem barreiras, nem nacionalidade, ele tem endereço eletrônico e pode ser acessado de qualquer lugar do mundo. Pesquisa do banco Credit Suisse com 14 mil pessoas de 8 países mostrou que os brasileiros que trabalham remotamente aprovam e pretendem manter o home office. Entre a amostra da pesquisa feita com os consumidores do Brasil, 62% trabalham de casa e 90% pretendem fazer mais compras online no próximo ano. A aceitação da flexibilização do trabalho é uma realidade, pois passou a ser critério fundamental para boa parte dos profissionais de tecnologia.
A América Latina é uma das regiões mais urbanizadas do mundo. No México, por exemplo, a terceirização de profissionais de Tecnologia da Informação cresce de 10% a 15% todos os anos, de acordo com o Banco Mundial. Com as transformações digitais pela tecnologia, o mercado para os profissionais tech está cada vez mais aquecido e as empresas deste segmento vão ainda além: optam por contratar profissionais na modalidade anywhere office. Remotamente, há uma infinidade de possibilidades a serem exploradas, inclusive em grandes empresas fora do País.