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Cultura

- Publicada em 29 de Agosto de 2020 às 11:21

Curtas gaúchos estão entre vencedores do festival Kinoforum

Melhor filme da mostra, 'Perifericu' explora adversidades de moradores LGBT em São Paulo

Melhor filme da mostra, 'Perifericu' explora adversidades de moradores LGBT em São Paulo


KINOFORUM/DIVULGAÇÃO/JC
O 31º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, que, neste ano, aconteceu totalmente on-line, acaba de anunciar os curtas vencedores deste ano. O grande vencedor foi Perifericu, realização de um coletivo de jovens do bairro do Capão Redondo, em São Paulo.
O 31º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, que, neste ano, aconteceu totalmente on-line, acaba de anunciar os curtas vencedores deste ano. O grande vencedor foi Perifericu, realização de um coletivo de jovens do bairro do Capão Redondo, em São Paulo.
A obra foi eleita como melhor filme da mostra competitiva brasileira do evento por um júri formado pela atriz Camila Pitanga e pelos cineastas Kleber Mendonça Filho e Susanna Lira. A produção, que recebeu prêmio do valor R$ 10 mil, mostra moradores que cresceram em meio às adversidades de ser LGBT no extremo Sul da capital paulista.
Na ocasião, também foram divulgados os títulos favoritos pelo público do evento. Entre os 10 brasileiros (onde ainda consta Perifericu), estão os gaúchos Construção, de Leonardo Santos Rosa, e O que pode um corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli. Sobre um bebê que não chora, este último também recebeu o prêmio especial do Troféu Borboleta de Ouro, para destaques LGBT+. Nesta categoria, a produção internacional laureada foi o filme belga Mother’s, de Hippolyte Leibovici, retrato de uma família de drags de Bruxelas. O prêmio brasileiro teve como vencedor o pernambucano Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho, sobre uma mulher trans que está desaparecida. E Perifericu, de Nay Mendl, Vita Pereira, Rosa Caldeira e Stheffany Fernanda levou uma menção especial pela temática.
Já a produção paulista Carne (também entre as preferidas do público), de Camila Kater, teve destaque com o Prêmio Canal Brasil (R$ 15 mil e exibição na grade de programação da emissora) e com o Troféu O Kaiser (outorgado pela ABCA – Associação Brasileira de Cinema de Animação). No filme, que já havia sido premiado no importante Festival de Locarno (Suíça), mulheres compartilham suas experiências em relação ao corpo.
O Prêmio TV Cultura teve como vencedor Lora, de Mari Moraga, de São Paulo. Contemplada com R$ 8 mil, como aquisição para integrar a programação do canal, a obra tem como protagonista uma mulher livre e plena de presença, que apresenta outra forma de pensar sobre pessoas em situação de rua.
Inciativa voltada a realizações de escolas e cursos de cinema, envolvendo uma série de empresas do setor audiovisual que, assim, contribuem na realização do próximo filme do diretor contemplado, o Prêmio Revelação foi conquistado por Rodrigo Ribeiro, diretor do curta catarinense A morte branca do feiticeiro negro. No filme, as memórias de um passado escravagista são transformadas em paisagens etéreas e ruídos angustiantes.
Além de R$ 10 mil, a premiação oferece serviços cinematográficos das empresas LocAll, Papaya Cine Digital, Dot, Effecs Films e Cinecolor. Em sua deliberação, os jurados destacaram "a combinação habilidosa de imagens de arquivo, registros factuais, texto histórico e trilha sonora que evidencia de forma poética as múltiplas camadas ocultadas ou apagadas da história brasileira.
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