A Embrapa Pecuária Sul, em Bagé (RS), já está com os 36 touros que participarão da Prova de Eficiência Alimentar (PEA) promovida em parceria com a Associação Brasileira de Angus e Ultrablack em 2025. A 6ª edição do programa no formato atual, com a participação das duas entidades, iniciou nesta semana e se estenderá por 90 dias, quando serão conhecidos os campeões. Participam do processo 32 animais do Rio Grande do Sul e quatro de Santa Catarina.
Entre os principais benefícios buscados na prova, está a redução do custo de produção das propriedades. Menor consumo de ração, redução na produção de metano e diminuição na geração de dejetos são algumas das vantagens da seleção para o Consumo Alimentar Residual, umas das medidas de eficiência avaliadas durante a prova. Durante o estudo, ainda serão feitas medidas de ultrassonografia da carcaça e a coleta de material para genotipagem. No fim do processo, busca-se impulsionar o melhoramento genético e garantir sistemas ainda mais sustentáveis de produção de alimentos.
Segundo informações da Associação Brasileira de Angus, 70% dos custos na pecuária são com alimentação. A engenheira agrônoma e assistente de fomento da associação, Carolina Silveira da Silva, pontua que estudos como esse buscam selecionar linhagens que tragam redução no custo de produção e maior retorno ao produtor.
A PEA tem como foco principal identificar os animais que melhor convertam o alimento consumido em desempenho produtivo. Comparar e identificar, dentro de um mesmo sistema de produção, reprodutores com menor consumo e crescimento mais acelerado. Para isso são usadas duas medidas principais de aferição de eficiência alimentar: o Consumo Alimentar Residual (CAR) e o Ganho de Peso Residual (GPR). Os indivíduos mais eficientes são aqueles com CAR negativo e GPR positivo. Para o cálculo do índice de classificação final (ICF) da prova leva-se em consideração 50% para cada característica.
Após a divulgação dos resultados, todos os dados da prova serão incorporados na população de referência para as características de eficiência alimentar, juntamente com os genótipos dos reprodutores participantes para, então, serem geradas as DEPSG (diferença esperada na progênie aprimorada pela genômica). Esta informação ficará à disposição de todos os criadores no sistema Origen (no campo sumário online).
Em termos de sustentabilidade, além das características de eficiência alimentar, o processo também avalia a emissão de metano gerado pelos animais, buscando, ainda, a evolução na área.