As bolsas asiáticas tiveram perdas acentuadas nesta quarta-feira, particularmente em Tóquio, Hong Kong e Taiwan, em meio à continuidade da fraqueza de ações de tecnologia e após uma forte queda nos preços de metais básicos motivada por renovadas preocupações com a economia chinesa.
Em Tóquio, o mercado japonês registrou hoje o maior tombo em pontos do ano e a segunda maior baixa porcentual. O índice Nikkei caiu 445,34 pontos (ou 1,97%), a 22.177,04 pontos. No setor tecnológico, Sony foi destaque negativo, com queda de 3,07%.
Na bolsa de Hong Kong, várias empresas de tecnologia pressionaram o Hang Seng, que fechou com perda de 2,14%, a maior em 13 meses, a 28.224,80 pontos.
O Taiex também apresentou o pior desempenho do ano em Taiwan, com baixa de 1,64%, a 10.393,92 pontos. Apenas a fabricante de lentes de câmeras de smartphone Largan despencou 9,8%, atingindo o menor nível em 11 meses.
Ressurgiram também temores sobre uma possível desacelaração da China no próximo ano, fator que ajudou o cobre a cair mais de 4% ontem e pressionou outros metais básicos. O Xangai Composto manteve a fraqueza recente e caiu 0,29% nesta quarta, a 3.293,96 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto se recuperou e avançou 0,68%, a 1.879,65 pontos.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi recuou 1,42% em Seul, a 2.474,37 pontos - o menor patamar em oito semanas -, influenciada pela Samsung Heavy Industries, que despencou 23% após a terceira maior fabricante de navios do mundo anunciar uma nova oferta de ações no valor de US$ 1,4 bilhão e prever prejuízo operacional neste e no próximo ano, enquanto o filipino PSEi teve baixa mais moderada em Manila, de 0,19%, 8.129,62 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, pressionada por mineradoras e na esteira de dados de crescimento mais fracos do que o esperado. A S&P/ASX 200 caiu 0,44% em Sydney, a 5.945,70 pontos.
No fim da noite de ontem, foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) da Austrália cresceu 0,6% no terceiro trimestre ante o segundo e mostrou expansão de 2,8% na comparação anual. Economistas consultados pelo The Wall Street Journal previam ganhos maiores, de 0,7% no confronto trimestral e de 3% no anual.