Contrários à decisão judicial que
suspendeu as aulas presenciais para alunos da Educação Infantil e séries iniciais no Estado, representantes de escolas infantis da rede privada promoveram uma carreata na tarde desta segunda-feira (1), em Porto Alegre. Os manifestantes saíram do Largo da Epatur, na região central da Capital, e munidos de balões pretos e faixas de protesto, passaram pelos prédios dos principais Poderes para defender o retorno das atividades.
Organizado pela Associação das Escolas Privadas do RS (Aepei RS), o protesto foi registrado em frente à sede do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro), ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público. No Palácio Piratini e no Paço Municipal, os manifestantes expuseram apoio às decisões governamentais de
retomada das aulas presenciais, que acabaram suspensas no domingo (28) à noite, por decisão judicial que acolher ação civil pública ajuizada pela Associação Mães e Pais pela Democracia (AMPD) e CPERS/Sindicato contra o Estado do Rio Grande do Sul.
Concentração de carros ocorreu no Largo Zumbi dos Palmares, na região central da Capital. Fotos: Associação das Escolas Privadas do RS (Aepei RS)/ Divulgação/JC
Segundo os organizadores, mais de 60 carros participaram do protesto. Diretora da Aepei RS, Alessandra Uflacker explica que a intenção do grupo é reforçar que a escola é local seguro para as crianças, mediante a adoção de todos os cuidados necessários para enfrentamento da pandemia, além de representar uma alternativa aos pais que trabalham presencialmente, principalmente os da área da Saúde.
"A escola é local seguro, de fácil identificação de sintomas e há evidências científicas disso. A medida judicial nãos e justifica e, mais uma vez, são as crianças que ficam prejudicadas. Temos consciência da situação da pandemia, mas precisamos garantir o atendimento nas escolas e defender a infância e a garantia do direito ao espaço de convívio e aprendizado", destaca.
Alessandra ressalta que as entidades representativas do setor seguem acompanhando a tramitação do recurso da PGE e estarão mobilizadas em busca de ações que garantam a liberação das aulas presenciais. Nas redes sociais, o movimento também mantêm ativa a defesa da infância e contra a suspensão das atividades.