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Publicada em 17 de Março de 2025 às 18:11

RS é o sétimo estado com mais plantas de biogás no País

Segmento do biocombustível soma 71 unidades gaúchas

Segmento do biocombustível soma 71 unidades gaúchas

JOÃO MATTOS/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Das 1.365 plantas de biogás cadastradas no Brasil, 71 delas se encontram no Rio Grande do Sul. O Estado é o sétimo no ranking nacional, atrás do Paraná (391), Minas Gerais (341), Santa Catarina (119), São Paulo e Goiás (cada qual com 108 unidades) e Mato Grosso do Sul (80).
Das 1.365 plantas de biogás cadastradas no Brasil, 71 delas se encontram no Rio Grande do Sul. O Estado é o sétimo no ranking nacional, atrás do Paraná (391), Minas Gerais (341), Santa Catarina (119), São Paulo e Goiás (cada qual com 108 unidades) e Mato Grosso do Sul (80).
O levantamento consta no Panorama do Biogás no Brasil 2023, apresentado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), que foi realizado entre setembro de 2023 e abril de 2024 e incluiu os 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal. “O Rio Grande do Sul não pode ficar para trás nessa tecnologia, na qual há uma enorme oportunidade para convertermos em energia os nossos resíduos orgânicos gerados pela indústria, agropecuária e pelas cidades”, enfatiza a pesquisadora da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e coordenadora do 7º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, Suelen Paesi.
O evento sobre o biocombustível ocorrerá de 8 a 10 de abril, no Dall’Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves. A programação do encontro inclui painéis, visitas técnicas, espaço de negócios e momento startups. O biogás é formado a partir da decomposição da matéria orgânica, por microrganismos, gerando uma mistura gasosa rica em gás metano, que pode ser usado em substituição aos compostos de origem fóssil e não renovável. O combustível pode ser produzido a partir de rejeitos oriundos de atividades como a suinocultura, pecuária, avicultura, de resíduos urbanos, entre outros. O produto é destinado à geração de energia térmica, elétrica e como combustível veicular (quando purificado e se tornando biometano).
Além disso, Suelen frisa que a cadeia do biogás propicia subprodutos que podem ser aproveitados nas lavouras como insumos agrícolas. A pesquisadora ressalta que se os resíduos utilizados na produção do biocombustível não tiverem uma destinação adequada isso acabará acarretando impactos ambientais.
Ela defende que é o momento de aproveitar a perspectiva de crescimento de iniciativas voltadas à descarbonização do planeta. “Quando a gente dá um destino correto, quando valorizamos os resíduos e não os depositamos no meio ambiente, temos essa possibilidade de, cada vez mais, reduzir os impactos ambientais”, conclui Suelen.

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