Notícia de alívio aos gaúchos para encerrar a semana. O mapa prévio da 21ª rodada do distanciamento controlado, divulgado no fim da tarde desta sexta-feira (25) pelo governo gaúcho, trouxe uma configuração inédita: pela primeira vez, o Rio Grande do Sul tem predominância da bandeira laranja, que representa risco médio para o contágio do novo coronavírus.
A divulgação foi feita durante transmissão ao vivo com o governador Eduardo Leite. O mapa oficial, porém, ainda será comunicado na segunda-feira (28), após envio dos recursos pelos municípios e avaliação final do Estado. A vigência das bandeiras começa à 0h de terça-feira (29).
A nova configuração ocorre após "suavização da curva da pandemia" a partir do final de julho e aumento de 11% no número de leitos livres de UTI adulto destinados à pacientes infectados pelo vírus. Além disso, os novos registros de hospitalizações com diagnóstico confirmado de Covid-19 caíram 25% nas últimas semanas. Já o número de óbitos pela doença reduziu 19% entre as duas últimas quintas-feiras.
Leite comemorou a melhora nos indicadores da Covid-19, mas alertou que a situação da pandemia ainda requer cuidados. O governador pediu à população que as flexibilizações sejam feitas cumprindo os todos os protocolos de segurança e evitando aglomerações. "Para que se possa avançar até que se tenha uma vacina", destacou.
Das 21 regiões em bandeira laranja, somente Uruguaiana, Bagé e Guaíba não aderiram ao sistema de cogestão do distanciamento controlado. A Secretaria de Apoio aos Municípios (Saam) cita que as regiões de Novo Hamburgo, Santa Cruz e Santa Mariajá habilitaram protocolos de bandeira laranja para a amarela.As demais regiões que quiserem alterar o regramento precisam realizar novo envio, já que só haviam habilitado protocolos de vermelho para laranja. Os pedidos são analisados no prazo de 48 horas.
Outro dado destacado pelo governo foi a variação de óbitos no Rio Grande do Sul comparada ao período antes da pandemia. Segundo Leite, o RS é o estado com menor incremento proporcional de mortes do País. A comparação leva em conta a emissão de certidões de óbitos nos estados brasileiros. Neste critério, o Rio Grande do Sul tem "menos óbitos a mais", comentou Leite.