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Publicada em 02 de Abril de 2025 às 16:47

Junta de Mianmar anuncia cessar-fogo temporário após terremoto

Tremor da última sexta abalou uma região que abriga 28 milhões de pessoas

Tremor da última sexta abalou uma região que abriga 28 milhões de pessoas

Sai Aung MAIN/AFP/JC
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Agências
A junta militar que governa Mianmar anunciou, nesta quarta-feira (2), um cessar-fogo temporário na luta contra os grupos armados que ocupam regiões do país, para ajudar na recuperação após o terremoto de magnitude 7,7 que atingiu a nação do Sudeste Asiático na semana passada.
A junta militar que governa Mianmar anunciou, nesta quarta-feira (2), um cessar-fogo temporário na luta contra os grupos armados que ocupam regiões do país, para ajudar na recuperação após o terremoto de magnitude 7,7 que atingiu a nação do Sudeste Asiático na semana passada.
Em comunicado, a junta disse que a trégua começa imediatamente e prosseguirá até 22 de abril, "com o objetivo de acelerar os esforços de ajuda e reconstrução e manter a paz e a estabilidade". Os militares estão no poder em Mianmar em fevereiro de 2021, alegando fraude nas eleições do ano anterior, quando o partido da vencedora do Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), conquistou vitória contundente. O golpe encerrou período de dez anos de democracia no país.
O tremor da última sexta abalou uma região que abriga 28 milhões de pessoas, derrubando prédios, destruindo comunidades e deixando muitos sem comida, água e abrigo. A junta foi acusada por grupos de direitos humanos de retardar os esforços humanitários mantendo medidas de segurança rigorosas em algumas áreas duramente atingidas pelo terremoto.
Quase 2.900 pessoas morreram desde a última sexta-feira, segundo dados mais recentes da junta militar. As possibilidades de encontrar sobreviventes são cada vez menores, mas o resgate de dois trabalhadores entre os destroços de um hospital de Naypyidaw, a capital, manteve as esperanças. Em Mandalay, um homem foi retirado dos escombros em condição estável após 120 horas, segundo a Xinhua.
Em meio ao caos que o país vive, o chefe da junta de Mianmar, general Min Aung Hlaing, vai viajar nesta quinta à Tailândia para uma cúpula regional de um grupo de cooperação econômica que inclui a maioria dos países vizinhos. Hlaing está proibido de participar de reuniões da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), o principal organismo multilateral da região, e é alvo de sanções ocidentais e de investigação do Tribunal Penal Internacional.
Lá, ele deve fornecer mais detalhes da situação do terremoto a líderes em Bancoc, capital tailandesa e também afetada pelo tremor. Na Tailândia, a contagem é de 19 mortos, mas o número também pode aumentar porque ainda há desaparecidos.

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