Debate mais tradicional da Expodireto, o Fórum Nacional da Soja chegará à sua 33ª edição com a missão de traduzir e, principalmente, apontar caminhos para o principal produto de exportação rural do País a partir do cenário nacional deste ano.
"Há uma conjuntura nova no Brasil, com juros elevados, que impactam diretamente nos custos de produção. E temos ainda um cenário internacional de guerra. O Brasil tem uma posição que hoje é estratégica no mundo, do ponto de vista do mercado de commodities. Traremos para o fórum os desafios e as tendências que o produtor enfrentará. Certamente não será uma discussão encerrada na Expodireto, mas que deixará marcas para muito além do evento", explica o diretor executivo da FecoAgro, Sérgio Feltraco, que é organizador do fórum.
Entre os palestrantes estarão as três pontas deste mercado: um representante da Embrapa, do Paraná (Alexandre Lima Nepomuceno), um representante do mercado internacional de commodities (Marcos Araújo) e um economista do BTG Pactual (Álvaro Frasson).
O Rio Grande do Sul, neste momento, é exceção no Brasil em relação à produção de soja. Será o único estado com redução das lavouras, que chegam a 43%. De acordo com Feltraco, diferente do ano passado, agora a estiagem deve impactar mais fortemente aos produtores e a economia gaúcha.
"No ano passado, este produtor ainda estava capitalizado pela safra positiva do ano anterior. Agora, as dificuldades para retomar serão maiores. O fórum, é claro, vai debater a realidade gaúcha, especialmente sobre dois pontos: o acesso à irrigação e a necessidade do manejo agrícola para reequilíbrio do solo, com estímulo à rotação de culturas", diz Feltraco.