Porto Alegre, sex, 14/03/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 13 de Março de 2025 às 21:27

Onda de calor aquece mercado e impulsiona vendas de piscinas

Consumidor tem focado na personalização dos projetos de piscina

Consumidor tem focado na personalização dos projetos de piscina

Espaço Jardim Piscinas Divulgação
Compartilhe:
Gabrieli Silva
Gabrieli Silva
As temperaturas recordes registradas em diversas regiões do País têm levado os brasileiros a buscarem alternativas para amenizar o calor intenso. Além do aumento no consumo de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, o setor de piscinas também tem se beneficiado, registrando um crescimento expressivo na procura por produtos e serviços relacionados.
As temperaturas recordes registradas em diversas regiões do País têm levado os brasileiros a buscarem alternativas para amenizar o calor intenso. Além do aumento no consumo de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, o setor de piscinas também tem se beneficiado, registrando um crescimento expressivo na procura por produtos e serviços relacionados.
Dados do mercado indicam que fabricantes e revendedores de piscinas observaram um aumento significativo na demanda nos últimos meses. No Rio Grande do Sul, a Rede iGUi, por exemplo, instalou cerca de 80 mil piscinas no último ano, enquanto a Tratabem, braço da empresa voltado para manutenção e tratamento de água, registrou um crescimento de 20% nos atendimentos nesse período. "Mesmo em épocas mais frias, as piscinas aquecidas seguem atraindo consumidores. Com a elevação das temperaturas, esse interesse se intensifica ainda mais", afirma Filipe Sisson, CEO e fundador da iGUi.
No entanto, o aquecimento do setor não é uma realidade unânime entre as empresas do ramo. Para alguns negócios, o aumento da procura ocorre de forma sazonal e não representa, necessariamente, um crescimento geral. "Notamos um pico de demanda nos meses mais quentes, especialmente entre novembro e dezembro. Porém, ao longo dos últimos anos, a procura geral por piscinas tem diminuído, o que atribuímos mais a fatores econômicos do que à falta de interesse dos consumidores", explica João Paulo Silva de Moura, engenheiro e diretor da Espaço Jardim Piscinas.
Segundo ele, após o período de alta, o setor experimenta uma desaceleração entre janeiro e abril, com retomada apenas em novembro.
Embora a onda de calor não tenha impactado diretamente os preços, o aumento dos custos dos insumos tem sido repassado ao consumidor. Ainda assim, a Espaço Jardim Piscinas, por exemplo, prevê um crescimento de 10% nas vendas este ano, impulsionado mais pelo fortalecimento interno da empresa do que pelo aquecimento do mercado como um todo.
Outro fator que tem influenciado a decisão de compra de piscinas é a personalização dos projetos. "Os clientes buscam piscinas com prainhas, borda infinita e formatos diferenciados. Mesmo aqueles que frequentam clubes optam por ter uma piscina particular em casa, valorizando o conforto e a praticidade", ressalta Moura.
Do ponto de vista logístico, o aumento sazonal da demanda exige planejamento antecipado para evitar a falta de materiais, especialmente entre novembro e janeiro, período em que muitas indústrias entram em férias coletivas. Além disso, o tempo médio para construção de uma piscina convencional varia entre um e dois meses, o que pode comprometer parte do verão para quem decide fazer a compra na última hora. "O inverno é o momento ideal para planejar e garantir melhores preços, além de evitar atrasos na entrega", orienta o especialista.
Apesar da recente frente fria, que trouxe alívio temporário para algumas regiões do Estado, as previsões meteorológicas indicam que o calor intenso deve retornar nas próximas semanas. Com isso, a tendência é que a busca por soluções para amenizar as altas temperaturas continue aquecendo não apenas o setor de piscinas, mas também outros segmentos voltados ao conforto térmico.

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários