O Rio Grande do Sul segue com todas as regiões em bandeira preta,
desde a 43ª rodada de distanciamento controlado, em fevereiro. Será a oitava semana de classificação em risco altíssimo desde que foi criada a salvaguarda estadual que garante a aplicação automática da bandeira mais grave em todas as regiões devido à capacidade hospitalar próxima do limite. O mapa divulgado nesta sexta-feira (16) já é definitivo e tem validade até 26 de abril.
Ainda que não seja possível que os municípios peçam reconsideração,
a cogestão regional está permitida. Atualmente, todas as 21 regiões aderiram à gestão compartilhada e podem utilizar protocolos próprios até o limite de restrições da bandeira vermelha. Segundo dados do governo do Estado, nesta 50ª rodada houve nova redução nos números de pacientes confirmados com Covid-19 em leitos clínicos (-11%) e em UTI (-10%), frente à semana anterior. O número de registros de óbitos também reduziu, caindo 14% no período.
De acordo com o levantamento, os número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid-19 reduziu 21% entre as duas últimas semanas (2.718 para 2.156); e o número de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) reduziu 9% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (2.452 para 2.226). Neste mesmo período, em todo o Rio Grande do Sul o volume de pacientes internados em leitos clínicos infectados pelo novo coronavírus reduziu 11% (3.048 para 2.723) enquanto aqueles que ocupam os leitos de UTI com Covid-19 reduziu 10% (2.341 para 2.096).
Segundo a secretária da Saúde, Arita Bergmann, para que o Estado possa seguir gradualmente liberando as atividades, é "fundamental" que as prefeituras atualizem e atendam aos critérios exigidos pelo governo estadual nos planos de fiscalização municipais. "Se os municípios não forem rigorosos na fiscalização e os estabelecimentos e as próprias pessoas respeitarem os protocolos da sua cidade, além dos protocolos obrigatórios, como uso de máscara, evitar aglomeração e fazer a higienização constante, ficaremos mais tempo sob as restrições de distanciamento", adverte.
Até agora, o governo já recebeu 431 planos, mas muitos deles não atenderam na íntegra os requisitos e estão sendo devolvidos para que seja feita a complementação.