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Mercado Digital

- Publicada em 26 de Junho de 2019 às 14:13

Desafio das empresas é estar na jornada diária das pessoas, aponta Hopf

José Renato Hopf diz que a sociedade que está se criando é muito mais evoluída

José Renato Hopf diz que a sociedade que está se criando é muito mais evoluída


CLAITON DORNELLES/JC
Patricia Knebel
Conhecer e atender os consumidores é a máxima dos negócios do mundo digital, praticada diariamente pelas companhias mais disruptivas dos últimos tempos, como Uber, Airbnb, Netflix e Amazon. É graças a essa visão e capacidade fantástica de oferecer às pessoas experiências diferenciadas e personalizadas que estes players estão engolindo os competidores.
Conhecer e atender os consumidores é a máxima dos negócios do mundo digital, praticada diariamente pelas companhias mais disruptivas dos últimos tempos, como Uber, Airbnb, Netflix e Amazon. É graças a essa visão e capacidade fantástica de oferecer às pessoas experiências diferenciadas e personalizadas que estes players estão engolindo os competidores.
“É quase como no passado, que se entregava tudo conforme o gosto do cliente, só que agora com a capacidade de atender milhões de pessoas ao mesmo tempo e com muito mais rapidez”, aponta o fundador e CEO da 4all, José Renato Hopf, personagem deste episódio da série Mentes Transformadoras. E se esses líderes globais do mercado estão mirando nisso, como deixar de considerar que essa deve ser a lógica de todas as empresas, das pequenas às grandes corporações, que querem se transformar?
> Assista ao vídeo com a íntegra das opiniões de José Renato Hopf
“O que move a economia hoje é o conhecimento e a personalização, e tudo isso direcionado e conduzido por dados. É a data-driven economy”, acrescenta. O caminho para conseguir alcançar isso passa por uma forte escuta social e inteligência estratégica, o que permite entender, por exemplo, que alguém que acessa um determinado serviço vai querer adquirir outro específico – como acontece com as indicações do e-commerce da Amazon ou das séries e filmes sugeridos pela Netflix.
Para Hopf, a grande revolução que vamos viver nos próximos três a cinco anos é a da indústria de consumo global se tornando cada vez mais digital e ampliando, justamente, a sua capacidade de customização. É o que tem feito Nestlé, Unilever, Procter & Gamble e Ambev, apenas para citar algumas. “O mundo digital é estar na jornada diária das pessoas, se inserindo na vida delas e agregando valor e comodidade. É isso que as big techs fazem e existe uma vontade grande destes players de consumo fazerem o mesmo”, observa o empreendedor.
> Ouça o podcast com José Renato Hopf
Todo esse esforço se justifica porque, cada vez mais, os consumidores esperam por produtos e serviços que melhorem e simplifiquem a sua vida. A hiperconexão das redes sociais permitiu que os indivíduos se comuniquem e, mais do que isso, tenham voz. O resultado disso, acredita Hopf, é que a nova sociedade que está se criando é muito mais evoluída. “A tecnologia subiu a barra. Hoje valorizamos mais o nosso tempo e buscamos serviços que permitam isso. O poder está nas mãos das pessoas”, analisa.
Esse novo cenário afeta os negócios sob vários aspectos e exige uma mudança de mindset e da maneira de fazer as coisas, de forma a atender essa nova perspectiva dos consumidores. A área de tecnologia, por exemplo, precisa estar dentro de todo negócio, e não mais relegada a um departamento específico. Além disso, as empresas precisam entender que as pessoas querem fazer seus próprios projetos e também ajudar a tirar do papel outros.
“Vamos ver surgir uma relação multiemprego e multifunção que exigirá uma grande reconstrução. É uma disruptura fantástica, e muito profunda. Certas questões deixarão de fazer sentido nas relações interpessoais e profissionais. As empresas que entenderam isso são as que estão conseguindo falar com esse novo mundo digitalizado”, aponta o CEO da 4all.
Quando fala deste futuro de mudanças, os olhos de Hopf brilham. Empreendedor ativo, engajado com o ecossistema de inovação brasileiro e referência de projetos de sucesso – antes de criar a 4all, liderou a Getnet, um dos primeiros unicórnios brasileiros – ele tem pressa de ver essa transformação acontecer.
“O futuro para mim representa uma dádiva, uma oportunidade de poder transformar e impactar a sociedade. Temos que ser agentes do nosso próprio futuro, e procuro praticar isso diariamente tanto na minha vida empresarial como pessoal. O que eu puder influenciar as pessoas para o que eu acho correto, vou fazer”, conclui.

Quem são as 11 Mentes Transformadoras:

  Jorge Gerdau Johannpeter, empresário 
  Pedro Englert, CEO da StartSe 
  Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Pucrs 
  Mônica Timm, CEO da plataforma de leitura Elefante Letrado 
  José Renato Hopf, fundador e CEO 4all 
  Cesar Leite, fundador e CEO Grupo Processor 
  Daniel Randon, CEO das Empresas Randon 
  Tito Gusmão, CEO da corretora digital Warren
  Luís Lamb, pesquisador em Inteligência Artificial e secretário de Inovação, Ciência Tecnologia do Rio Grande do Sul
  Susana Kakuta, diretora do Tecnosinos
  Guilherme Braga, cofundador e CEO da Egalitê Recursos Humanos Especiais 
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