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Empresas & Negócios

- Publicada em 24 de Junho de 2019 às 03:00

Point promove eventos para pensar em soluções para a cidade

Encontros são organizados como um espaço de cocriação de projetos para comunidades de Porto Alegre

Encontros são organizados como um espaço de cocriação de projetos para comunidades de Porto Alegre


/CLAITON DORNELLES /JC
Pedro Carrizo
Pensar em conjunto quais os problemas que afligem a cidade e as soluções é um exercício de cidadania e altruísmo, de preocupação consigo e com o outro, mas também é um jeito de ver que estamos todos no mesmo barco. E não podemos deixar que ele afunde. Em uma sala de poucos metros quadrados, quatro computadores e muitas ideias, a equipe de funcionários da Point, empresa especializada na capacitação organizacional de empresas e seus colaboradores, organiza encontros entre porto-alegrenses de diferentes regiões com o objetivo de pensar soluções para a capital gaúcha. Esses funcionários fazem parte do braço social da Point, que já tem diversas iniciativas em prol da cidade, entre elas o Hackatown.

Pensar em conjunto quais os problemas que afligem a cidade e as soluções é um exercício de cidadania e altruísmo, de preocupação consigo e com o outro, mas também é um jeito de ver que estamos todos no mesmo barco. E não podemos deixar que ele afunde. Em uma sala de poucos metros quadrados, quatro computadores e muitas ideias, a equipe de funcionários da Point, empresa especializada na capacitação organizacional de empresas e seus colaboradores, organiza encontros entre porto-alegrenses de diferentes regiões com o objetivo de pensar soluções para a capital gaúcha. Esses funcionários fazem parte do braço social da Point, que já tem diversas iniciativas em prol da cidade, entre elas o Hackatown.

Inspirada nas maratonas Hackathon, de programação e desenvolvimento de softwares, que têm com finalidade solucionar desafios propostos durante a feira, na Hackatown os desafios já são de longa data, e todos são convidados a pensar juntos as soluções. Problemas como a mobilidade, a gentrificação, o meio ambiente, desigualdade social e diversos outros, cotidianos e constantes, são alvos nesses encontros da Hackatown, explica Fernanda Verdi, organizadora geral dos eventos. "Como a gente já desenvolve na Point esse processo de transformação cultural nas empresas, vimos que tínhamos habilidades que poderiam ser aplicadas pensadas nas comunidades de Porto Alegre", destaca Fernanda, acrescentando que a Hackatown é uma metodologia em formato de evento.

Além dela, fazem parte da equipe Rafael Perez, responsável pela apresentação do evento; Bruno Deos, responsável pela metodologia do evento, Renata Rodeguiera, que faz a parte de operações com fornecedores e parceiros que auxiliam durante os encontros e Helen Alves, que faz a parte comercial da Point e auxilia indiretamente no evento.

Ao longo de pouco mais de um ano de existência em Porto Alegre já aconteceram sete encontros Hackatown. Os primeiros voltados às soluções para os bairros Floresta e Cidade Baixa, em que participaram os moradores desses bairros. No Floresta, por exemplo, o principal problema apontado pelos participantes foi a gentrificação, que é o fenômeno que ocorre a partir dinâmicas econômicas, como novos pontos comerciais ou construção de novos edifícios, o que pode valorizar a região, afetando a população de baixa renda local.

Depois disso, os encontros abordaram temas centrais de discussão, como formular um Plano de Mobilidade Urbana para a Capital. "Quando surgiu a possibilidade de criar um Plano de Mobilidade Urbana para Porto Alegre, vimos que tínhamos que ampliar a participação popular nos encontros, que até então não conseguiam abranger todas as classes e gêneros sociais", lembra a organizadora geral do Hackatown.

O encontro de mobilidade urbana, que aconteceu no início do ano, no Parque Científico e Tecnológico da Pucrs, reuniu participantes de 30 bairros e regiões diferentes, entre eles Lomba do Pinheiro, Morro da Cruz, Vila Planetário, Região Metropolitana, além das regiões centrais. "Para isso, a gente teve que reformular nossa estratégia de chamamento, deixando de focar tanto em eventos no Facebook e falando diretamente com líderes de associações periféricas", diz Fernanda. Também foi distribuída uma bolsa-auxílio para quem participasse.

Com isso, a Hackatown conseguiu mais participação feminina, 50% dos participantes negros, além de pessoas com deficiências e a Aldeia Polidoro, que representou a população indígena. Várias ideias ganharam forma, relacionadas a ocupação da cidade, segurança pública e viária. Já em abril, durante a Virada Sustentável em Porto Alegre, a equipe reuniu participantes para falar sobre problemas e soluções de impacto para a desigualdade social, em que foram abordadas questões envolvendo racismo, imigrantes, homofobia e educação.

A próxima maratona

Hackatown vai acontecer durante a 65ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, que será para pensar em soluções que visem a democratização da cultura. Depois da Feira do Livro, o grupo pretende realizar outra maratona, dessa vez voltado ao meio ambiente. Todas as maratonas Hackatown são gratuitas para os participantes.

"Quando os moradores da cidade pensam, em conjunto soluções para o lugar onde vivem, isto é um grande exercício de cidadania e relacionamento com o próximo", reflete a coordenadora-geral do evento.

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