O movimento Agenda 2020 deu início, na tarde de ontem, à preparação de um caderno de prioridades para o desenvolvimento do Estado, a ser entregue aos candidatos ao Palácio Piratini e ao Legislativo gaúcho na eleição deste ano.
Embora o documento ainda seja elaborado pelos voluntários da Agenda 2020 em encontros em 10 cidades do Estado, o presidente do movimento, Humberto Busnello, apontou o trabalho junto a áreas como a de infraestrutura, que “é fundamental para a redução do ‘custo Estado’, para a diminuição do custo da logística”. Ele também defende que, apesar de áreas como saúde, educação e segurança terem mais visibilidade junto à população, secretarias de Estado como o Planejamento e a Fazenda também são “fundamentais para as ações do Estado”.
As propostas da Agenda 2020 contemplam 11 segmentos: agronegócio, cidadania, desenvolvimento de mercado, desenvolvimento regional, educação, gestão pública, infraestrutura, inovação e tecnologia, meio ambiente, saúde, e segurança. O estudo deve ser concluído em agosto.
A iniciativa foi apresentada em um evento na sede do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado (Sinduscon-RS), que também contou com as presenças do empresário Jorge Gerdau Johannpeter, do secretário estadual do Planejamento, Governança e Gestão, Carlos Búrigo (PMDB), e do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB).
Em uma fala de cerca de 10 minutos, Gerdau fez uma defesa veemente de medidas de austeridade, como a reforma da Previdência e os esforços para adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “Temos de fazer correções, que são técnicas, mas conduzidas de maneira política”, disse. Segundo Gerdau, “ninguém deveria receber uma aposentadoria desproporcional à sua contribuição”, apontando o exemplo de um brigadiano que se aposenta aos 38 anos, com expectativa de vida de cerca de 80 anos. “É por não haver uma análise técnica nas decisões políticas que estamos nesta situação”, criticou.