O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira (19) diante da crescente expectativa de que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outras nações, como a Rússia, realizem um acordo para estender o corte da oferta por mais tempo. Além disso, o dólar mais fraco também beneficiou os contratos.
O petróleo WTI para julho fechou em alta de 2,03%, a US$ 50,67 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho subiu 2,09%, a US$ 53,61 o barril, na ICE. Na comparação semanal, o contrato do WTI teve alta de 5,92% e o do Brent, de 5,45%.
Os preços subiram, mas não mantiveram as máximas da sessão, após dados da Baker Hughes mostrarem que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu 8 na última semana, para 720.
A Opep se reúne na próxima quinta-feira para decidir sobre a possível extensão dos cortes na produção anunciados no final do ano passado. A possibilidade é de que os cortes sejam estendidos durante mais nove meses, passando a valer até o fim de março.
O câmbio também ajudou o petróleo nesta sexta. O enfraquecimento do dólar, registrado durante o pregão, torna a commodity mais barata para os detentores de outras moedas, o que aumenta o apetite desses investidores.
Além disso, a eleição no Irã esteve no radar. O presidentes Hassan Rouhani é favorito à reeleição, na disputa contra o principal oponente, o radical Ebrahim Raisi. Uma vitória de Raisi poderia apoiar os preços, diante da tensão geopolítica, já que ele é contrário ao acordo nuclear entre Teerã e as potências. Isso poderia levar a novas sanções contra o Irã, na avaliação do Commerzbank.