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Opinião
Artigo
- Publicada em 28 de Novembro de 2014 às 00:00A beleza de uma formatura
Jornal do Comércio
Nos últimos anos, as formaturas a que assisti foram, na maioria, longas, barulhentas, quase incivilizadas. E o nível dos pronunciamentos feitos pelos oradores de turma e até mesmo por paraninfos, foram, em boa parte, marcados pela ausência de uso culto do idioma, não passando de tentativas de fazer graça, superficiais e sem conteúdo digno de ser sequer lembrado. Não pareciam representar o ápice de uma etapa importante da vida dos formandos. Porém, no dia 23, sábado, assisti à formatura das turmas da oitava série do Ensino Fundamental do Colégio Rosário, e ganhei esperança nova, com relação à formação de nossa juventude. Confesso que entrei com um pé atrás. Mas saí encantado, tão alto nível teve a qualidade da cerimônia.
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Nos últimos anos, as formaturas a que assisti foram, na maioria, longas, barulhentas, quase incivilizadas. E o nível dos pronunciamentos feitos pelos oradores de turma e até mesmo por paraninfos, foram, em boa parte, marcados pela ausência de uso culto do idioma, não passando de tentativas de fazer graça, superficiais e sem conteúdo digno de ser sequer lembrado. Não pareciam representar o ápice de uma etapa importante da vida dos formandos. Porém, no dia 23, sábado, assisti à formatura das turmas da oitava série do Ensino Fundamental do Colégio Rosário, e ganhei esperança nova, com relação à formação de nossa juventude. Confesso que entrei com um pé atrás. Mas saí encantado, tão alto nível teve a qualidade da cerimônia.
Em um ambiente de entusiasmo e alegria, respaldados por solenidade, ordem e civilidade, os formandos, garotos e garotas, eram adolescentes como quaisquer outros. Mas impressionava, desde logo, o comportamento educado e respeitoso com que receberam seus convidados. Na abertura, o discurso do representante da direção, irmão Onorino Moresco, foi simplesmente notável, animador, instando à prática dos valores aprendidos na escola, repleto de ensinamento cristão. Os discursos dos jovens foram curtos e criativos. E, sem exceção, valorizaram seus pais e professores, usaram um vocabulário mais culto do que o usual entre os jovens comuns, valendo-se de metáforas, demonstrando apreço à etimologia e valorizando seu aprendizado de filosofia. E eram formandos de oitava série, apenas, gente! Fico pensando no quanto a comunidade terá a ganhar com os cidadãos do alto nível que certamente terão.
O encerramento foi com chave de ouro. Não foi uma despedida. Foi uma última aula de capacitação para a vida e, ao mesmo tempo, uma derradeira demonstração de amor. Graças a Deus, ainda existem escolas como o Rosário.
Vereador em Porto Alegre/PP
