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Geral

- Publicada em 20 de Julho de 2019 às 18:24

Hospital veterinário erguido com doação de Alexandre Grendene tem 65% de ociosidade

Unidade foi construída em 2016 e começou a atender em 2018, mas com baixa demanda

Unidade foi construída em 2016 e começou a atender em 2018, mas com baixa demanda


CLAITON DORNELLES /JC
Erguida com dinheiro doado pelo empresário da indústria calçadista Alexandre Grendene e que leva o nome da filha dele, a Unidade de Saúde Animal Victória (Usav), situada na zona Leste de Porto Alegre e com porte de hospital veterinário, opera com 65% de ociosidade. Apenas 35% da capacidade é usada atualmente, segundo a prefeitura da Capital. 
Erguida com dinheiro doado pelo empresário da indústria calçadista Alexandre Grendene e que leva o nome da filha dele, a Unidade de Saúde Animal Victória (Usav), situada na zona Leste de Porto Alegre e com porte de hospital veterinário, opera com 65% de ociosidade. Apenas 35% da capacidade é usada atualmente, segundo a prefeitura da Capital. 
A Usav só faz atendimentos gratuitos de animais abandonados e daqueles que pertencem à população acompanhada por programas sociais ou com cartão do Bolsa Família. Consulta pública agora vai definir mudanças no acesso, como elevar a renda hoje de até um salário mínimo para três mínimos dos donos de cães e gatos e permitir atendimento particular.
A baixa ocupação veio justamente à tona com a abertura da consulta pública, lançada pela prefeitura para definir o uso da estrutura. A unidade começou a atender em março do ano passado, dois anos e cinco meses após ficar pronta. A consulta pública, que começou em 10 de julho e vai até 10 de agosto, trata do projeto básico da Usav, do abrigo temporário para cães e gatos e da Unidade Móvel de Adoção de Animais. As pessoas podem enviar sugestões no e-mail disponível na página da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. 
A meta é ampliar o número de atendimentos e os serviços oferecidos. Na Usav, foram 1.226 atendimentos clínicos e 2.270 esterilizações no primeiro semestre do ano.
“Vamos recolher as contribuições e estudar o que será possível implementar no projeto”, comentou a secretária adjunta de Meio Ambiente, Viviane Diogo. Segundo Viviane, o documento está sendo montado a partir de demandas da população. Uma das principais mudanças previstas do projeto básico é a abertura para consultas privadas.
Como o hospital fica na divisa de Porto Alegre e Viamão, moradores que moram perto da unidade não podem levar seus animais porque não têm ‘Porto Alegre’ no comprovante de residência. Se for possível fazer atendimento particular, os moradores de Viamão também poderão marcar consultas e levar seus pets em casos de emergência.
O projeto básico ainda prevê outra mudança no público a ser atendido. Além de beneficiários do cartão Bolsa Família ou quem tem certificado emitido pelo Centro de Relação Institucional Participativa (CRIP), poderão buscar o local tutores de cães ou gatos com renda mensal de até três salários mínimos - hoje, o limite é de até um salário. 
Outro serviço que será ampliado é o de albergagem e o abrigo de 80 cães e 20 gatos. A empresa que ganhar o edital também poderá oferecer hospedagem a animais paga por terceiros. As vagas são de propriedade da prefeitura. A previsão é de que o resultado do edital saia ainda este ano.
O hospital tem cinco blocos cirúrgicos, quatro consultórios, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), setores de quimioterapia, fisioterapia, banco de sangue, farmácia, ambulatório, sala de recuperação para 150 cães e gatos e espaço de triagem para outros 120. 
A unidade foi erguida com R$ 7 milhões doados por Grendene e fica na Estrada Berico José Bernardes, número 3.489, na divisa da Capital com Viamão. Entre os profissionais, estão sete veterinários e 21 manejadores. O atendimento é de segunda à sexta-feira, das 8h30min às 12h e das 13h30min às 17h.
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