O uso excessivo de dispositivos eletrônicos tem sido identificado como um dos principais fatores que contribuem para o aumento da miopia em crianças e jovens. Um estudo conduzido pela Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (Sorigs) na Região Metropolitana de Porto Alegre analisou 330 estudantes de escolas públicas, com idades entre 5 e 20 anos, e identificou uma prevalência de miopia de 17,4%. Entre esses casos, 15,2% foram classificados como baixa miopia e 2,1% como alta miopia.
“O diagnóstico precoce da miopia é fundamental para o bom desempenho escolar, pois crianças com problemas de visão podem ter dificuldades para ler o quadro, copiar anotações e manter a concentração. Estudos demonstram que o uso excessivo de telas, aliado à redução da exposição à luz natural, está acelerando a progressão da miopia globalmente”, alerta Bruno Schneider, presidente da Sorigs.
Sinais de alerta para os pais
Muitas crianças não conseguem identificar que estão com dificuldade para enxergar. Por isso, os pais devem ficar atentos aos seguintes sinais:
- Aproximação excessiva de livros, tablets ou celulares;
- Dificuldade para ver o quadro na escola;
- Piscar ou esfregar os olhos com frequência;
- Dores de cabeça recorrentes;
- Desinteresse por atividades que exigem visão de longe, como esportes.
Quando levar seu filho ao oftalmologista?
A consulta oftalmológica deve ser feita anualmente, mesmo que a criança não apresente queixas. Caso haja histórico de miopia na família ou sintomas de dificuldade visual, a avaliação deve ser realizada ainda mais cedo.
Se necessário, o oftalmologista poderá recomendar óculos de grau, lentes de contato ou tratamentos específicos para frear a progressão da miopia, como o uso de colírio de atropina em baixa concentração ou lentes especiais.
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