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Economia

- Publicada em 12 de Junho de 2020 às 17:39

Marchezan retoma restrições; shoppings abrem com restrição ao tamanho de operações a partir de segunda-feira

Marchezan explicou que a velocidade da demanda de leitos de UTI impõe mais restrições

Marchezan explicou que a velocidade da demanda de leitos de UTI impõe mais restrições


ANSELMO CUNHA/PMPA/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, comunicou na tarde desta sexta-feira (12) que voltam as restrições em algumas atividades, após o aumento de pacientes com o novo coronavírus em UTIs da Capital.
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, comunicou na tarde desta sexta-feira (12) que voltam as restrições em algumas atividades, após o aumento de pacientes com o novo coronavírus em UTIs da Capital.
Da previsão inicial desta sexta-feira de fechamento de shopping centers, a prefeitura voltou atrás e restringiu a abertura ao perfil de faturamento da empresa que tem o ponto, a partir de segunda-feira (15). Restaurantes terão horário máximo para ficarem abertos. Marchezan havia projetado as medidas em live do #JCExplica, no Instagram do Jornal do Comércio
Restaurantes vão poder abrir até as 23h. Academias de ginástica terão de voltar a atender menos alunos por vez, seguindo área exclusiva de 16 metros quadrados.
No comércio de rua, só poderão abrir estabelecimentos que são MEI até pequenas empresas (faturamento de até R$ 4,8 milhões ao ano). Nos shopping centers, Marchezan descartou a possibilidade de fazer drive-thru e take away (retirar no local para levar para casa), alegando que os próprios empreendimentos e lojistas haviam pedido, na primeira fase de fechamento, que não fossem permitidos estes tipos de serviços. 
O prefeito diz que será feito o acompanhamento de como será a operação das atividades que não foram atingidas e a evolução dos números de doentes. Se for preciso, o prefeito admitiu que poderá definir mais restrições.
Pelo perfil das alterações, percebe-se que a prefeitura retorna à posição do começo de maio, quando apenas construção civil, indústrias e pequenos negócios e alguns serviços (academias com restrição de alunos) tinham sido liberados para funcionar. Decreto de 20 de maio havia liberado shopping centers e comércio de rua em geral, que agora voltar a fechar.   
Marchezan justificou, em transmissão ao vivo pelo Facebook, que o retorno das restrições é uma ação preventiva. "Não estamos aqui buscando culpados ou suspendendo atividades por que um ou outro setor é o culpado", adiantou-se.

Sem restrições, leitos de UTIs esgotam em junho, diz Marchezan

Se for mantida a atual velocidade por vagas em unidades de terapia intensiva, "todos os leitos de Covid-19 estarão ocupados até o fim de junho", adiantou Marchezan. "Precisamos, por cautela, ter medidas restritivas." Hoje são 174 leitos destinados à Covid-19.
Há possibilidade de elevar para 225 vagas. Mas Marchezan disse que o município age para evitar a necessidade de ter esta estrutura. Outra alternativa é ocupar leitos que são destinados a outras enfermidades, mas geraria desassistência nas situações que não são de contaminação pelo novo coronavírus. "Não é decisão por falta de capacidade atual, mas uma trava de segurança para reduzir a velocidade de crescimento da demanda por leitos", reforçou.
O alerta sobre a demanda nas UTIs também embasa mudanças na forma de processar indicadores e estabelecer as bandeiras do distanciamento controlado no Rio Grande do Sul. Neste sábado (13), o novo mapa das bandeiras será divulgado pelo Estado.
Marchezan preveniu que a decisão não terá efeito em dois a três dias sobre a ocupação de leitos, mas para 12 a 14 dias, que é o tempo que se considera para que impactos de novas contaminações comecem a aparecer. "O número chave é o contingente de pessoas em leitos de UTI", associou. 
"Se o ritmo (velocidade) se mantiver, na semana que vem tem mais restrições, mas se a demanda tiver estabilidade e redução, vamos avaliar projeções e, quem sabe, ter diminuição de restrições", condicionou Marchezan. "O que nos aponta hoje é um sinal de cautela."

Escolas sem prazo para retorno às aulas

Sobre as atividades escolares, o prefeito diz que tinha a intenção de fazer protocolos para abertura em algumas semanas, seguindo orientações gerais dadas pelo governo estadual e que previa o retorno gradativa a partir de 1º de julho.
"Neste momento, não temos nenhuma projeção de data para abertura das atividades escolares", afirmou Marchezan.

Prefeito pede ampliação de horários em súpers

O prefeito mandou um recado ao setor de supermercados e fez um apelo para que as empresa ampliem os horários de funcionamento. O prefeito apontou preocupação com a lotação em muitos horários. "Se os supermercados não mudarem nos próximos dias, poderemos ter de tomar medidas", avisou ele. 

#JCExplica: Prefeito de Porto Alegre falou da volta de restrições

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