A prefeitura de Porto Alegre encaminhou neste sábado (12) uma proposta de reposição salarial de 4,83%, de forma parcelada até 2026, aos servidores municipais. O índice corresponde à inflação medida pelo IPCA de janeiro a dezembro do ano passado. Os municipários, em greve desde o dia 1º de abril, querem reposição salarial de 33,4%, correspondente às perdas inflacionárias acumuladas desde 2016.
No texto, assinado pelo secretário municipal de Administração e Patrimônio, Cassiá Carpes, e pelo secretário-geral de governo, André Coronel, também é proposto reajuste de 10% no vale-alimentação, em duas parcelas - na proposta anterior o reajuste eram os mesmos 4,83% sugeridos para a reposição salarial - e a criação de grupos de trabalho setoriais para seguir negociando outras demandas. Entre outros avanços, a gestão municipal diz ter encaminhado um pacote de projetos para a valorização dos servidores da Educação.
O Simpa avalia a proposta em assembleia geral iniciada às 15h deste sábado, no Centro de Eventos Barros Cassal.
O Executivo municipal reconhece o índice de 4,62% de reajuste pleiteado para o ano de 2023 e disse que irá retomar a discussão do tema a partir de setembro, quando também promete estudar a possibilidade de antecipação do calendário de reajuste deste ano, em relação às parcelas estendidas para 2026. A prefeitura se compromete, ainda, a incluir no projeto de lei a ser encaminhado à Câmara de Vereadores, em caso de acolhimento da proposta, o abono dos dias parados, mediante compensação. A medida está condicionada ao encerramento imediato da greve e o retorno às atividades no máximo até segunda-feira (14).