A semana passada foi a primeira com o novo modelo de distanciamento controlado instituído pelo governo do Estado no Rio Grande do Sul. A estratégia divide o território gaúcho em 20 regiões e define o modo como cada uma delas irá se comportar diante da pandemia do novo coronavírus com base em critérios como disponibilidade de leitos, número de casos e de mortes, entre outros. Pois, na primeira semana de funcionamento da proposta do Piratini, o Rio Grande do Sul teve um aumento de 43,8% no número de óbitos causados pela Covid-19.
No dia 11 de maio, quando teve início o protocolo por bandeiras, havia 2.808 casos confirmados da doença no Estado e o número de vítimas fatais era 105. Nesta segunda-feira, passada uma semana, o total de casos chegou a 3.750 - um aumento de 33,5%. Já os óbitos chegaram a 151.
O avanço se dá, principalmente, no interior do Estado, com destaque para a região Noroeste e, mais especificamente, o município de Passo Fundo. No dia 11, a cidade tinha 18 mortes causadas pela doença. Nesta segunda-feira, dia 18, o número chegou a 24 - um crescimento de 33,3% em sete dias. Estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) alerta para o avanço mais rápido da pandemia no interior, onde existem menos estruturas de saúde.