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Publicada em 19 de Abril de 2025 às 10:22

Catedral de Pelotas seguirá aberta durante processo de restauração

Obras de recuperação representam investimento de R$ 2,7 milhões e têm conclusão prevista em 12 meses

Obras de recuperação representam investimento de R$ 2,7 milhões e têm conclusão prevista em 12 meses

Amanda Kuhn/Especial/JC
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Amanda Kuhn
A Catedral Metropolitana São Francisco de Paula, um dos principais patrimônios históricos e culturais do Rio Grande do Sul, em Pelotas, passa por um processo de restauração que durará todo o ano de 2025 e tem previsão de conclusão em março de 2026. Localizada no coração de Pelotas e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2011, a execução das obras resulta de um investimento de R$ 2,7 milhões para a execução das obras.
A Catedral Metropolitana São Francisco de Paula, um dos principais patrimônios históricos e culturais do Rio Grande do Sul, em Pelotas, passa por um processo de restauração que durará todo o ano de 2025 e tem previsão de conclusão em março de 2026. Localizada no coração de Pelotas e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2011, a execução das obras resulta de um investimento de R$ 2,7 milhões para a execução das obras.
A restauração contemplará diferentes frentes de trabalho simultâneas, entre elas a etapa final da cobertura da igreja, que inclui o restauro do assoalho, a execução de projeto de acessibilidade no Salão São José, a limpeza e recuperação das fachadas em cimento penteado e a qualificação da reserva técnica — área fundamental para a preservação de bens móveis e documentos históricos da paróquia.
 
Com arquitetura barroca e construída no século XIX, a Catedral de Pelotas é um símbolo da cidade e mantém uma forte conexão com a comunidade local, não apenas pela importância espiritual, mas também por representar o marco zero do município. “A Catedral São Francisco de Paula guarda a memória e a história da cidade. É a única no mundo dedicada a São Francisco de Paula e está ligada profundamente à identidade de Pelotas”, afirma o pároco da igreja, padre Wilson Fernandes.
Mesmo com as obras em andamento, o templo seguirá aberto normalmente para celebrações e visitas. “Seguimos um mote muito importante: obra aberta. Isso significa que, mesmo durante os 12 meses de restauração, a Catedral continuará de portas abertas para a comunidade. Você é sempre bem-vindo em todas as celebrações”, reforça o padre.
As intervenções estão sob a responsabilidade técnica da arquiteta Simone Neutzling, da Perene Patrimônio Cultural. A gestão dos recursos é do Iphan, com financiamento via Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e emendas parlamentares dos deputados federais Daniel Trzeciak (PSDB) e Dionilso Marcon (PT).
Durante a programação de lançamento dos projetos, realizada no final de março, autoridades locais e estaduais participaram de um ato simbólico que marcou o início da restauração: uma cápsula do tempo foi enterrada no contrapiso do novo assoalho da igreja, contendo uma “Carta para o Futuro” e objetos representativos. A caixa hermética, idealizada pelo mestre de obras Júlio Cesar Silvator da Silva, da JC Tor (empresa responsável pela restauração do piso), foi preparada para resistir ao tempo e manter viva a memória deste momento histórico.
O chefe do escritório técnico Fronteira Sul do Iphan/RS, Gilmar Pinheiro, inseriu na cápsula uma cópia do Livro do Tombo, que registra o tombamento da Catedral como parte do Conjunto Histórico de Pelotas. Também participaram do ato o prefeito de Pelotas, Fernando Marroni, a secretária estadual da Cultura, Beatriz Araújo, além do padre Wilson Fernandes.
Com a restauração, a Catedral de Pelotas se reafirma como um espaço de fé, história e cultura viva, e o esforço coletivo pela sua preservação fortalece o compromisso com a memória e a identidade da cidade. 
Colaborou Lívia Araújo

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