Pode ser ampliação de loja ou nova operação, com construção. Pode ser shopping ou malls abertos e menores, mais compactos, que ganharam mais atenção com a busca dos consumidores por ambientes abertos e de interação, a arquiteta Vera Zaffari mobiliza a equipe em Porto Alegre para dar conta da demanda que vem crescendo.
O escritório tem na carteira de clientes grandes varejistas, como Renner, incluindo as operações no Uruguai e na Argentina, Decathlon, Americanas, C&A, Centauro e O Boticário. Também desenvolve projetos para novas operações, a serem erguidas, para a rede Asun, no Litoral Norte e onde itens como limitações de infraestrutura sanitária geral adiam a instalação.
No interior, o escritório fez estudos da revitalização do Shopping Lajeado, comprado pela varejista Benoit. O shopping analisa como será a transformação.
"O mercado voltou com força total. Estamos projetando lojas que ficam prontas e abrem em 2023", descreve a arquiteta especializada em varejo, fundadora e sócia do Vera Zaffari & Co (VZ&CO), com sede em Porto Alegre, Vera Zaffari.
O impacto da pandemia foi sentido com puxada de freio em projetos que vinham sendo desenvolvidos em 2019 e começo de 2020.
"Muitos não foram executados até agora ou tiveram a implantação em 2021 e neste ano", cita a arquiteta. Outra frente é a dos ajustes, entre "projetos dos sonhos e o que é viável". "Tem de olhar os custos, que subiram bastante, mais de 30% em 2021", assinala a fundadora do empresa.
No período mais intenso da crise sanitária, a equipe de Vera e as sócias, as arquitetas Graciela Zaffari, Thane Piva Cavalheiro e Alexia Becker, mergulharam em estudos e acompanhamento das mudanças, diz Vera, para se preparar para a volta que se desenhou desde o ano passado para gerar projetos mais modernos, alinhados com novos hábitos, que vieram.
"O consumidor quer espaço mais aberto, que tem de fazer sentido na jornada dele, quer se engajar com a marca, algo mais forte por trás. Isso tudo precisa ser incorporado aos projetos", adverte a arquiteta. "É mais que só arquitetura e estética. Precisa entender as aspirações do usuário, senão ele não vai frequentar o lugar", relaciona Vera.
As mudanças são puxadas por processos de interiorização das marcas. "As lojas são agora mais que um ponto físico de venda, mas um hub logístico", observa, gerando expansão para a cadeia da construção, do desenho de projetos, estudos, indústria aos materiais. Tudo está sob uma alavanca:
"O ressurgimento da loja física e seus impactos", reforça Vera.
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