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Publicada em 16 de Abril de 2025 às 12:11

Produto chinês pagará tarifa de até 245%, diz governo dos Estados Unidos

Percentual de 245% apareceu na nota da Casa Branca que trata da investigação sobre minerais críticos abertas na gestão de Donald Trump

Percentual de 245% apareceu na nota da Casa Branca que trata da investigação sobre minerais críticos abertas na gestão de Donald Trump

Brendan SMIALOWSKI/AFP/JC
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Agências
Os produtos chineses podem ser atingidos com uma tarifa de até 245%, informou o governo dos Estados Unidos em um documento publicado pela Casa Branca na terça-feira (15). O valor se refere à taxa de 145% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a China somada a alíquotas de 100% que já estavam em vigor anteriormente, sobre produtos específicos. Seringas e veículos elétricos exportados pelos chineses, por exemplo, devem receber a taxação de até 245%. Os itens já recebiam uma taxa de 100% para entrarem no Estados Unidos, aplicada pelo ex-presidente Joe Biden, antecessor do republicano. A eles será adicionada a tarifa de 20% anunciada por Donald Trump como parte do esforço para combater o tráfico de fentanil e a de 125% de tarifas recíprocas, divulgadas na semana passada, como parte do embate comercial entre os dois países.
Os produtos chineses podem ser atingidos com uma tarifa de até 245%, informou o governo dos Estados Unidos em um documento publicado pela Casa Branca na terça-feira (15). O valor se refere à taxa de 145% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a China somada a alíquotas de 100% que já estavam em vigor anteriormente, sobre produtos específicos. Seringas e veículos elétricos exportados pelos chineses, por exemplo, devem receber a taxação de até 245%. Os itens já recebiam uma taxa de 100% para entrarem no Estados Unidos, aplicada pelo ex-presidente Joe Biden, antecessor do republicano. A eles será adicionada a tarifa de 20% anunciada por Donald Trump como parte do esforço para combater o tráfico de fentanil e a de 125% de tarifas recíprocas, divulgadas na semana passada, como parte do embate comercial entre os dois países.
O índice de 245% apareceu na nota da Casa Branca que trata da investigação sobre minerais críticos abertas com Trump. O valor provocou questionamentos de jornalistas a autoridades de Pequim sobre o que poderia ser uma nova retaliação. Um funcionário da Casa Branca, porém, esclareceu se tratar de uma sobreposição de tarifas. Na terça-feira passada (8), a China suspendeu a compra de aeronaves da Boeing, em mais um lance retaliatório às tarifas norte-americanas.
As duas maiores economias do mundo têm estado em conflito desde o dia 2 de abril, quando Donald Trump tornou o tarifaço público. Inicialmente, a China seria taxada em 34%, além do piso básico de 10% para todas as importações que chegam aos Estados Unidos e de outras tarifas impostas ao país asiático ao longo dos últimos três meses. Mas Pequim retaliou com tarifas da mesma magnitude, e Trump subiu a régua para 50%. A China não recuou e aumentou as taxas sobre os EUA para 84%, o que culminou em encargos de 145% por parte do governo norte-americano. O país asiático, então, aumentou a carga para 125% na sexta-feira (11).
Entenda o caso
- 20 de janeiro de 2025 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lança a política "América em primeiro lugar": A medida estabelece a revisão dos déficits comerciais dos EUA e prevê medidas como tarifas globais sobre importações.
- 31 de janeiro - Primeira tarifa de 10% sobre produtos chineses: Trump anuncia a sobretaxa como resposta ao suposto fracasso da China em conter a exportação de substâncias químicas usadas na produção de fentanil. Canadá e México também são taxados em 25%. Uma alíquota adicional de 20% já havia sido imposta em fevereiro por Trump, elevando a tarifa inicial para 30%
- 5 de fevereiro - China reage com tarifas e controle de exportações: Pequim estabelece tarifa de 15% sobre carvão e GNL dos EUA e 10% sobre petróleo, máquinas agrícolas, veículos grandes e picapes. Também restringe exportações de 25 itens de terras-raras. O governo chinês abre contestação na OMC contra tarifas impostas por Trump.
- 3 de março - Trump eleva tarifa sobre produtos chineses para 20%
O presidente americano alega que a China não fez o suficiente para conter o fluxo de drogas ilegais para os EUA. Com a tarifa anterior de 10% e a de 20% de fevereiro, o total chega a 50%.
- 4 de março - Retaliação chinesa
Pequim aplica tarifas de até 15% sobre produtos agrícolas como frango, soja, trigo, milho, carne e laticínios; além de 10% sobre sorgo, soja, carne suína e bovina, pescados, frutas, vegetais e laticínios.
- 2 de abril - EUA adotam "tarifas recíprocas" sobre todos os seus parceiros comerciais
A China é taxada em 34%, elevando o total de tarifas para 54%.
- 4 de abril - Nova resposta da China
Em retaliação, a China anuncia tarifa de 34% sobre produtos americanos, restrição a exportações de sete terras-raras e sanções contra quase 30 empresas dos EUA.
- 8 de abril - Mais 50% de tarifa sobre a China
Donald Trump ameaça nova elevação caso a China não recue. O total atinge 104%. A Casa Branca anunciou na noite de terça-feira (8) que aumentará as taxas para 90% do valor do pacote ou a cobrança fixa que subirá de US$ 75 para US$ 150 (de R$ 456,15 para R$ 912,30). A tarifa entra em vigor em 2 de maio, e o aumento da taxa fixa será efetivo a partir de 1º de junho.
- 9 de abril - China anuncia tarifas de mais 84% sobre produtos dos EUA
Em resposta à tarifa americana de 104%, o Ministério das Finanças chinês impõe uma nova taxa de 84% sobre bens dos EUA. Horas depois, Trump anunciou, na sua plataforma Truth Social, o aumento das tarifas sobre a China para 125%. Em paralelo, o presidente americano pausou as tarifas recíprocas -sobretaxas com índices mais elevados- sobre todos os outros países por 90 dias e aplicará no lugar a tarifa global de 10%, na qual o Brasil está inserido.
- 10 de abril - Trump impõe tarifa de 145% sobre importações chinesas
O percentual é resultado da soma da taxa anunciada por Donald Trump na quarta (9), de 125%, a uma tarifa de 20% aplicada no início deste ano.
- 11 de abril - China eleva para 125% tarifas sobre importações americanas
Governo chinês diz que esse deve ser o último aumento, pois reduz a zero apetite do mercado por produtos dos EUA.
- 15 de abril - Documento da Casa Branca mostra tarifas de até 245%
Sobretaxa é cobrada de produtos chineses específicos, como carros elétricos e seringas
 

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