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Energia

- Publicada em 15 de Maio de 2023 às 15:41

Brasil ultrapassa 29 GW de potência instalada em fonte solar

Crescimento vem sendo puxado pela geração distribuída, que soma 20,5 GW de potência instalada, decorrente de R$ 101,7 bi investidos

Crescimento vem sendo puxado pela geração distribuída, que soma 20,5 GW de potência instalada, decorrente de R$ 101,7 bi investidos


/pexels/pixabay/jc
O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 29 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 13,1% da matriz elétrica do País, informou, na nesta sexta-feira passada, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 29 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 13,1% da matriz elétrica do País, informou, na nesta sexta-feira passada, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Desde julho do ano passado, a fonte solar - segunda maior do País em potência instalada, perdendo apenas para as hidrelétricas -, têm crescido, em média, 1 GW por mês. Em julho do ano passado, a potência instalada era de 16,4 GW. O crescimento vem sendo puxado pela geração distribuída (GD), que soma 20,5 GW de potência instalada, decorrente de R$ 101,7 bilhões em investimentos.
Já os grandes parques solares (geração centralizada) somam 8,5 GW de potência instalada, fruto de R$ 42,2 bilhões em novos investimentos.
De acordo com a entidade, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 143,9 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 42,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 870 mil empregos acumulados.
Além disso, o aumento da energia solar também já evitou a emissão de 36,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, informa a Absolar.
Para o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e fortalece a vocação do País para produção de hidrogênio verde. "O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos", disse, em entrevista à Agência Estado.
Ele informa que segundo estudo da consultoria Mckinsey o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V.
Para tanto, o País deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem, explica.
 

Companhia Light ajuíza pedido de recuperação judicial e estima dívidas de R$ 11 bilhões

A companhia Light S.A. anunciou, na semana passada, o ajuizamento de um pedido de recuperação judicial. A estimativa da dívida apresentada foi de R$ 11 bilhões. Constituída por empresas que atuam na geração, distribuição, comercialização e soluções de energia elétrica, a companhia atua em mais de 30 municípios do estado do Rio de Janeiro.
Segundo comunicado divulgado pela Light ao mercado, o pedido foi apresentado à 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
"A companhia vem, em conjunto com seus assessores financeiros e legais, avaliando alternativas e empreendendo esforços na busca do equacionamento de obrigações financeiras próprias e de outras pelas quais é também coobrigada, inclusive mediante tratativas com certos credores no âmbito de procedimento de mediação devidamente instaurado e em curso na presente data."
A recuperação judicial é solicitada quando uma empresa se encontra em dificuldades financeiras. Se o pedido for aceito pela Justiça, eventuais execuções de dívidas são paralisadas e a empresa ganha prazo para elaborar uma proposta que inclua formas de pagamento aos credores e uma reorganização administrativa, para evitar que a situação se agrave e chegue a um cenário de falência, segundo informações da Agência Brasil.
No comunicado, a Light afirma ainda que, apesar de esforços empreendidos nos últimos meses, a situação econômico-financeira vem se agravando, o que demandava a tomada urgente de novas medidas para garantir os serviços prestados no âmbito das concessões de sua titularidade e a continuidade do cumprimento das suas obrigações.
"A companhia mantém e reafirma a confiança em sua capacidade operacional e comercial para a negociação e aprovação de um plano de recuperação que lhe permita implementar o pretendido equacionamento e, com isso, restabelecer o seu equilíbrio econômico-financeiro."
Em seu portal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou uma nota de esclarecimento. Conforme o texto, o pedido foi interposto pela Light S.A. e não pela Light Serviços de Eletricidade S.A., subsidiária responsável pela distribuição de energia no Rio de Janeiro. De acordo com a Aneel, a legislação estabelece que os regimes de recuperação judicial e extrajudicial não se aplicam às concessionárias de serviços públicos de energia elétrica.
"Informamos que nenhuma obrigação intrassetorial teve seus pagamentos suspensos ou postergados, o que inclui contratos da distribuidora com geradoras, transmissoras e o pagamento dos encargos setoriais. Também estão preservadas integralmente as obrigações com fornecedores de serviços, equipamentos, mão de obra e funcionários", registra a nota.
Ainda segundo a Aneel, a distribuidora está sendo monitorada em regime diferenciado de acompanhamento de seus indicadores econômico-financeiros, por meio de um plano pactuado com a Light no qual foram definidas ações necessárias para assegurar a sustentabilidade da concessão.
O atual contrato de concessão está vigente até junho de 2026. Um pedido de renovação de concessão deve ser apresentado 36 meses antes do seu vencimento. Assim, a Light tem até junho desse ano para manifestar interesse em se manter à frente do serviço após 2026.

Mirando energia limpa, BNDES financia projeto eólico da WEG

Seguindo uma diretriz apontada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo após vencer as eleições, quando prometeu mais investimentos em energia limpa, o BNDES anuncia nesta quinta-feira (10) uma parceria com a WEG para financiar R$ 59 milhões no desenvolvimento de um aerogerador que vai produzir energia mais eficiente em parques eólicos.
Segundo o banco de desenvolvimento, o equipamento de alta potência será o maior em operação no mercado nacional e vai possibilitar a redução de investimentos na instalação de novos parques e na emissão de carbono, conforme apuração da Agência Folhapress.
A fabricação do aparelho está prevista para o final do ano que vem. Os recursos com o financiamento sairão do Finem (Fundo Clima) e serão usados no desenvolvimento, fabricação, transporte e instalação do gerador, além da compra de componentes para a produção de um protótipo para testes de campo e certificação.
De acordo com o BNDES, o equipamento utilizará uma tecnologia que permitirá a otimização no peso dos componentes e maior confiabilidade operacional. O sistema também será adaptável a diferentes redes de energia, permitindo a exportação para outros países.
A potência será de 7.0 MW (megawatts) e o diâmetro de rotor das pás será de 172 metros -atualmente, a WEG produz modelos de 4.2 MW e 147 metros de rotor.
"O BNDES é um dos maiores financiadores de energia limpa do mundo e teve papel estruturante para viabilizar a matriz de energia eólica no Brasil, não apenas por meio do apoio a projetos de parques eólicos mas também do financiamento à produção de equipamentos para esses parques. Esta nova operação busca inovar por meio da produção de aerogeradores mais eficientes, o que vai ao encontro das novas diretrizes estratégicas do Banco de ter uma economia mais próspera, verde, digital e inclusiva", disse José Luis Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo do BNDES.