Porto Alegre, qua, 16/04/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 08 de Abril de 2025 às 20:05

Israel já ocupa metade do território da Faixa de Gaza em nova fase do conflito

Maior área controlada pelo exército israelense está ao longo da fronteira

Maior área controlada pelo exército israelense está ao longo da fronteira

Bashar TALEB/AFP/JC
Compartilhe:
Agências
Israel expandiu drasticamente sua presença na Faixa de Gaza desde que relançou sua guerra contra o Hamas, mês passado, controlando até agora mais de 50% do território palestino. A maior área controlada pelo exército israelense está ao longo da fronteira, onde os militares demoliram casas, destruíram terras agrícolas e infraestrutura a ponto de torná-las inabitáveis, segundo soldados israelenses e grupos de direitos humanos. Essa zona-tampão militar dobrou de tamanho nas últimas semanas.
Israel expandiu drasticamente sua presença na Faixa de Gaza desde que relançou sua guerra contra o Hamas, mês passado, controlando até agora mais de 50% do território palestino. A maior área controlada pelo exército israelense está ao longo da fronteira, onde os militares demoliram casas, destruíram terras agrícolas e infraestrutura a ponto de torná-las inabitáveis, segundo soldados israelenses e grupos de direitos humanos. Essa zona-tampão militar dobrou de tamanho nas últimas semanas.
Israel argumenta que o cerco é uma necessidade temporária para pressionar o Hamas a libertar os reféns restantes. No entanto, a terra que o exército mantém - que inclui um corredor que divide o norte e o sul de Gaza - pode ser usada para exercer um controle de longo prazo, dizem grupos de direitos humanos e especialistas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na semana passada que, mesmo após a derrota do Hamas, Israel manterá o controle de Gaza e pressionará os palestinos a deixarem o território. A demolição perto da fronteira e a expansão sistemática da zona-tampão vêm ocorrendo desde o início da guerra, há 18 meses, segundo cinco soldados israelenses ouvidos pela Associated Press (AP).
"Eles destruíram tudo o que puderam, atiraram em tudo que parecia funcional. Os palestinos não terão nada para onde voltar. Eles não vão voltar nunca", disse um soldado que atuava com uma equipe de tanques protegendo a demolição. Ele e outros quatro soldados falaram sob condição de anonimato por medo de represálias.
Os relatos dos soldados foram divulgados pelo grupo israelense Breaking The Silence, que luta contra a ocupação. Alguns soldados - incluindo os que também falaram à AP - relataram como o exército transformou a zona em um deserto. "Através de destruição ampla e deliberada, os militares prepararam o terreno para um futuro controle da área", diz o grupo.
Questionado sobre os relatos, o exército israelense disse que está agindo para proteger o país e melhorar a segurança das comunidades devastadas pelo ataque de 7 de outubro de 2023. O exército garantiu que não prejudica civis e cumpre a lei internacional.
 

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários